Ryler, sinto muito

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Já haviam se passado 2 dias desde que o carreirista estava com a gente. Ryler confiava nele, mas eu não. Em uma coisa pelo menos ele falara a verdade os carreirista haviam se matado. Agora só há 5 pessoas na arena: Eu, Ryler, o garoto do 2 (que está conosco), a garota do 2 e o Lanc.

Eu e Ryler estamos sentados na beira do lago o sol já está se pondo.

- Definitivamente amo esse laranja - digo me referindo ao céu

- É bem bonito - diz Ryler. Ouço o som de canhão e viro para Ryler que está a meu lado. Ele esta com as duas mãos na cabeça tentando abafar o som. Isso já acontece há um tempo, todo barulho alto faz com que a cabeça dele lateje. Na primeira vez ele grito e chorou de dor, mas agora tenta se controlar.

Ele tira as mãos das orelhas lentamente e ofega.

- É o primeiro canhão em 2 noites - ele fala

- Quem será que é? - pergunto

- Era - diz o garoto do 2, cujo o qual não quis saber o nome - Deve ser o carinha do 12.

- Lanc - digo tentando me lembrar do rosto dele, mesmo tendo apenas 4 dias que não o vejo.

- Tem alguma coisa errada, só sobraram 4 tributos - diz Ryler - e não estamos aqui a nem uma semana.

- Quantos você matou? - pergunta o "2" para mim

- 3 - digo envergonhada

- E você? - ele pergunta para Ryler

- uma pessoa - ele diz

- 3+1=4 ou seja se juntos vocês mataram 4, e eu junto aos carreiristas matamos 12 dá 16 tendo mais 8 tributos "vivos". Mais como só há 4 então houve disputa entre eles - diz 2 encarando o nada

- Então significa que os tributos são muito bons - digo

- Ou muito ruins - diz Ryler

Nós rimos, a baixo a cabeça num movimento involuntário e vejo o pé enfaixado de 2, o pus escapa e enxerga o pano sujo a qual o pé foi amarrado.

- Fique feliz Mira, em breve você estará em casa - diz Ryler

- Se quem sobrou não te matar - diz 2

- Mira não perde uma luta e outra daremos a ela a vitoria, nem que custe nosso sacrifício - diz Ryler serio

Levanto-me e vou dormir já que pegarei o turno da madrugada. Até lá Ryler cuida do 2. Deito e logo adormeço.

Quando acordo o sol já ameaça a nascer, não acredito que Ryler me deixou dormir a noite toda.

Levanto e vou procura-lo ele deve estar super cansado. Encontro ele no chão, não sei se está machucado mas ainda respira.

Tiro a faca da minha roupa. E caminho até ele.

- Ryler o que aconteceu com você? - pergunto me ajoelhando e pondo a sua cabeça nas minhas pernas.

- Não beba do cantil - ele diz ofegante - tem veneno

- Quem fez isso? - pergunto

- Não sei - ele responde - Mira, agora é sua vez de ganhar, não confie em ninguém, mate os 2 que sobraram e ganhe. Viva sua vida por todos os que morreram.

- Acredite eu farei - digo. E como ultima despedida beijo seus lábios, um ato amigável. Quanto olho novamente em seus olhos o brilho se fora, fecho-os mais sei que ele não está apenas dormindo. Tiro sua cabeça gentilmente do meu colo e ponho-a no chão. Levanto olho para o céu e rezo baixinho

- Tia Prim, cuide dele - digo em meio as lagrimas - por favor.

- Fica tranqüila Mira - diz uma voz atras de mim - você os verá daqui a pouco e pode pedir isso pessoalmente.

Meu corpo gela, reconheço a voz é a do garoto do 2. E eu vou mata-lo por Ryler.

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