Epilogo

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Epilogo

Já faz 2 messes que sai da arena, e ando dormindo muito mal, tenho muitos pesadelos. Algumas noites minha mãe dorme comigo, outras meu pai, as vezes Peeta e de vez em quando Jace. Acordo com meu pai ao meu lado, ele ainda dorme. Sento-me na cama e ele acorda.

- Outro pesadelo? - ele me pergunta

- Não, apenas acordei - digo

- Hoje é o grande dia - ele diz sentando ao meu lado

- Eu sei - digo esboçando um sorriso

- Sabe que horas são? - pergunta meu pai, enquanto se levanta rumo a porta

- Não sei - digo me levantando atrás

Caminhamos juntos pelo corredor. Quando dorme comigo meu pai usa roupas normais, e ele também não deixa Jace dormir comigo se ele estiver de pijama.

Vamos rumo a cozinha, vejo que o sol está nascendo. Meu pai se dirige ao bolo que ele começou a fazer ontem, agora só falta decorar, ele pega os corantes e começa a pintar o bolo.

- O que você vai fazer? - pergunto

- Surpresa - ele diz - vai ver seu vestido

Me dirijo ao quarto da minha mãe, ela ainda está dormindo. Pulo em cima da cama acordando ela.

- Animada - ela me pergunta acordando

- Han Han - respondo

- Você quer seu vestido? - ela pergunta

- Han Han - respondo

- Sabe que horas são? - ela me pergunta

- 6:30 - digo

- Ainda falta mais de 5 horas pro casamento, me deixe dormir Mira - ela diz se cobrindo

- Mamãe - imploro

- Ta bem - ela se levanta e vai em direção ao armário e tira meu vestido de lá de dentro. Ele é lindo.

- Posso vestir? - pergunto

- Vai amassar até a hora de você usa-lo - ela fala - então não!

- Mas mãe, e se não estiver servindo? - pergunto

- A não ser que você engorde em uma noite, está servindo - ela diz zangada

- Mas mamãe - digo

- Mira chega - ela põe o vestido sobre a cama e vai em direção ao banheiro.

Saio do quarto e caminho até meu próprio quarto, entro em meu banheiro e tomo um longo banho de banheira. Penso no meu futuro com Jace, em nós envelhecendo juntos e penso no fato de que nunca terei filhos, jamais passarei a minha sina.

Alguém bate na porta do banheiro mas entra sem esperar permissão. É Johanna.

- Oi Jojo - digo brincando com a espuma

- Vê-la na banheira me lembra de quando tínhamos de te dar banho - ela diz e se senta na borda da banheira - Pensar que você já vai se casar é inimaginável.

- Pense que terá alguém pra me dar banho agora - digo

- Se seu pai ouvir isso terá um ataque - ela diz e rimos

- Tem certeza disso? - ela pergunta

- Certeza? Do que? - pergunto

- De se casar, você só tem 16 anos - ela diz abertamente

- Faço 17 em poucos meses, e por que esperar? - digo

- Tudo bem, você venceu - ela diz se levantando - nos vemos no casamento. E sua mãe pediu pra avisar que seus preparadores estão te esperando.

Quando Johanna sai, levanto-me da banheira e me enxugo. Ponho o roupão e vou em direção ao quarto. Lá encontro 3 figuras coloridas.

- Corra querida estamos atrasados - diz Octávia

- Que horas são? - pergunto sentando-me na cadeira

- 8:00 - diz Vênia enquanto arruma minha sobrancelha

- Sua mãe disse que você passou 1 hora na banheira - diz Flavius

- Acabei perdendo a noção do tempo - digo

Eles me arrumam. Puxam pelos dali, prendem cabelos daqui. Quando vejo meu cabelo está lindo, uma traça lateral passa do lado direito do meu cabelo até meu ombro esquerdo, há fios dourados em meio a traça. Minha maquiagem é clara, mas reforça os traços do meu rosto e destaca meus olhos.

Minha mãe invade meu quarto.

- Agora você pode vesti-lo - ela diz exibindo o vestido

Visto-me. O meu vestido é justo e é bordado em pérolas. Eu o amo.

- Um detalhe - minha mãe põe um cordão em meu pescoço o pingente dele é uma pérola - seu pai me deu na 75ª

- Obrigada - digo e ela me abraça

- Você está linda - ela diz pra mim

- Tenho que concordar - digo

- Sua modéstia me comove - ela fala rindo

- Fico muito tempo com Finnick - digo

- O pai dele era do mesmo jeito - minha mãe fala - mas o coração dele era muito maior do que seu ego.

- Queria ter conhecido-o - digo

- Também queria que ele tivesse conhecido você - ela fala - e sei que ele se orgulharia do filho dele, como eu me orgulho de você.

Ela sorri e nos abraçamos novamente, vejo que ela está chorando.

- Meu bebezinho vai casar - ela fala sorrindo - venha todos estão nos esperando

Seguimos rumo á entrada de casa, o casamento acontecerá nas ruas do distrito Vitorioso

- Está pronta? - pergunta minha mãe né entregando meu buque.

- Eu nasci pronta - digo

Ela abre a porta e há um caminho de flores até o altar. Vejo Jace lá na frente tremendo muito. Caminho até ele lentamente, me esforçando pra não correr. Chego a frente dele e entrego meu buque para a irmã mais nova de Jace. Ela me dá um sorriso, e eu sorrio de volta. Jace está na minha frente e eu encaro seus olhos verdes, e me perco neles.

- Srta. Mellark - diz o juiz - sua resposta

- Sim - digo

- Sr. Dinner o senhor aceita Mira Mellark como sua esposa para ama-lá e respeita-lá na saúde e na doença até que a morte nos separe - diz o juiz

- Nada vai nos separar - fala Jace - eu aceito casar com você Mira Mellark

Jace põe a aliança no meu dedo e eu ponho no dele. É a primeira vez que vejo minha aliança, ela é linda, feita de ouro com cristais de almandina (uma pedra laranja) e arabescos de ouro branco. A de Jace é feita de ouro como a minha e tem também os arabescos.

- Pode beijar sua mulher - diz o juiz

Jace me beija e pela primeira vez desde que tinha 6 anos me sinto realmente segura, já que nem eu nem meu marido iremos pra arena. Mas como minha mãe sempre diz:

" Há jogos muitos piores do que esse"

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