Capítulo 55

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SEM REVISÃO

...

Saio e deixo o Loan sem reação no meio do campos. Não vou deixar ele tentar fazer minha mente ou conseguir informações sobre os irmãos Bartholy.

Vou a caminho da sala. Hoje é apenas uma aula de poesia romântica que eu vou assistir.

Eu incrivelmente me interessei pelo assunto quando conheci o Peter.

E é claro, que a Sarah está longe de querer assistir uma aula dessas comigo. Ela preferiu ir para o ginásio.

Quando chego no auditório, está vazio. Me sento, sem saber o que fazer.

Depois de alguns minutos, decido pegar meu celular e mandar uma mensagem para a Sarah.

- Que ótimo, eu sou a única aqui... eu devia ter ido com você ao ginásio.

Ela responde imediatamente.

- Eu te avisei! Quem vai a uma aula que não é obrigatória, depois de uma prova daquelas? Ninguém.

- Joga na minha cara mesmo, Sarah.

Solto uma risada e logo escuto a porta se abrindo. Finalmente alguém para me fazer companhia.

A Dorothy...

Eu preferia ficar sozinha mesmo. Ela com certeza veio pelo mesmo motivo que eu, o Peter.

A Dorothy se senta algumas fileiras a minha frente, depois de acenar para mim.

Nossa relação é completamente estranha.

A porta se abre novamente mas eu nem sequer olho para ver quem acabou de entrar.

Deve ser o professor. Ele vai ficar desapontado quando ver que só tem dois alunos para assistir sua aula.

No entanto, depois de alguns segundos, percebo que foi o Peter que acabou de entrar na sala de aula.

Ele passa por mim e, de repente, por uma fração de segundos, seus olhos encontram os meus. O vazio que eu leio neles parte o meu coração.

Mas ele rapidamente olha para longe fingindo que não me viu.

Quando tempo isso vai durar?

Ele se senta atrás dr mim, só uma fileira de distância.

O professor entra e quase nem olha para nós.

- Obrigado a todos por terem vindo. Hoje vamos falar sobre poesia romântica. Nós não vamos falar de um ponto de vista formal, mas mais sobre um meio de expressar sentimentos...

O começo da aula é muito chato. O professor fala sobre os diferentes poetas que pertencem a essa tendência particular.

- A poesia torna-se uma espécie de linguagem sagrada, um meio de expressar sentimentos de incerteza em relação ao futuro, no que diz respeito a própria morte. Se a vida realmente vale a pena ser vivida? Se nosso sofrimento não é grande demais? Se os sentimentos não nos leva sistematicamente ao sofrimento?

Eu levanto minha cabeça, intrigada.

São boas perguntas.

Amar é arriscar. Amar alguém é, portanto, correr o risco de sofrer?

Com certeza, mas, na minha opinião, a vida não vale a pena viver sem amor...

Não posso deixar de me virar para ver como o Peter está reagindo.

Eu prendo a respiração quando vejo que seus olhos estão focados em mim.

Eles estão cheios de sentimentos diferentes! Quando meus olhos encontraram os dele, ele não desvia o olhar.

Ele parece estar sofrendo e isso parte meu coração.

Eu não posso desistir dele.

Eu tomo coragem e sorrio levemente para ele.

Ele parece surpreso e por um momento a tristeza, que geralmente cobre seus olhos, desaparece.

Então passa a mão pelo cabelo preto e desvia o olhar.

Quando a aula termina, sinto-me um pouco perturbada. Se o Peter ama poesia é porque se assemelha muitas coisas a ele.

É lindo, muitas vezes triste, às vezes melancólico. É sensível e melodioso, assim como ele. Mas agora, eu sei que ele pode ser feliz e não vou perder as esperanças.

A Dorothy e o professor saem da sala em silêncio. O Peter provavelmente está esperando que eu faça o mesmo, mas essa não é minha intenção.

Me levanto e fico de pé diante dele. Ele está encostado na fileira de mesas atrás dele com as mãos nos bolsos, parecendo falsamente entediado.

Ele tenta não mostrar sua inquietação, mas seus olhos verdes não mentem. Minha presença, perto dele, o pertuba e ele parece gostar.

Nós olhamos por um momento, como dois adversários. Ele ergue a sombrancelha querendo mais de mim.

- Não dificulte as coisas para nós, Laura.

Sua voz é fria e firme. Chego mais perto ainda dele. Vejo seus olhos involuntariamente pousarem em meus lábios.

- Eu quero que saiba que eu não vou desistir. Eu penso em você o tempo todo, e não ter você comigo dói muito.

- Laura...

- Não Peter, você tem que parar com isso.

- Você não sabe do que está falando!

- Você realmente acha que pode continuar decidindo tudo por mim, né? Primeiro, você se afasta de mim sem nem considerar o que eu possa pensar. E agora, até meus próprios sentimentos não significam nada para você?

Respiro fundo e tento expulsar a vontade de chorar.

- Eu posso não ter vivido tanto quanto você, mas eu sei o que sinto, e você não pode tirar isso de mim.

Em um flash, seus olhos mudam de intensidade. Ele se aproxima de repente, me pressionando firmemente contra a fileira de mesas.

- Você quer saber o que eu sinto?

Eu aceno freneticamente.

Sua voz fica mais profunda, quase rouca. Ele aproxima seu rosto do meu, preenchendo meu campo de visão.

- Eu sinto que você está tomando conta de tudo na minha vida, está me matando lentamente...

Isso não parece muito bom...

Ele chega mais perto ainda. Seus lábios trêmulos estão a apenas alguns centímetros dos meus.

- Toda vez que eu te vejo, quero ficar perto de você, sentir você comigo. E quando não te vejo...você não sai da minha cabeça. Eu acho que preciso te deixar livre, mas te ver com outra pessoa me deixa louco.

Me beija, por favor...

- Você está fazendo minha vida um inferno, e eu te odeio por isso, mas só de ver você sorrir para mim me faz querer também... Você está matando o antigo Peter, então o que eu devo fazer, Laura?

Antes que eu possa responder, ele encosta seus lábios nos meus. em um beijo violento e desesperado.

 em um beijo violento e desesperado

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