Epílogo| Bônus

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Subo as escadas rapidamente depois de me certificar que não tinha ninguém por meu caminho.

Passo pelo corredor que tem várias portas e paro em uma específica: o lugar onde estou vivendo.

Não chamo de meu apartamento pois não me sinto em casa nele. Meu lar sempre foi e sempre vai ser lá em Mystery Spell.

Abro a porta e vejo pelo hall de entrada algumas malas feitas e fechadas.

Vou andando sem presa e paro quando escuto risadas.

Minhas vidas.

Vou andando lentamente, mas isso já não funciona mais com uma esposa vampira em casa.

- Olha quem chegou, amor.

Laura diz para minha pequena e ela se vira rapidamente.

- Papai!

Minha bonequinha e copia fiel minha, corre até mim e se joga em meu colo me abraçando apertado.

- Você demoro, papai. Temo presa.

Vejo minha mulher se levantando e vindo em minha nossa direção sorrindo.

- Você quase a matou de ansiedade. Tive que distraí-la.

- E você conseguiu?

- Você sabe que não.

Caímos na gargalhada. Ayla tinha um gênio difícil, um pouco de nós dois.

- Vá pegar o Senhor Drácula e já vamos.

Eu a coloco no chão e ela sai correndo até seu quarto.

Pego a cintura da Laura e a puxo para mim. Passo minha mão por seu rosto delicado e pálido.

- Como você está? Quero dizer, como vocês estão?

Deslizo minha mão até sua barriguinha redonda e ela sorri antes de me beijar.

- Estamos ótimos, tirando o fato do seu filho ser um esfomeado e impaciente.

- Não fale assim dele. Ele não tem culpa de ter dobrado apenas aquilo que você já tinha.

Recebo um tapa no braço forte e faço uma careta. Ela sempre esquece a força que adquiriu e acaba me machucando às vezes.

- Vamos logo que tem uma mulher grávida cheia de hormônios loucos e uma criança ansiosa querendo viajar.

Ela sai rebolando e eu sorrio vendo ela se distanciar.

...

As ruas tão familiares para mim, passam rapidamente através da janela.

O táxi se para e Ayla nos apressa. O curioso é que ela nem mesmo sabe onde está e nem quem vai ver.

Dou a volta no táxi e abro a porta para Laura, a ajudando descer. Quando olho para dentro do veículo procurando por minha filha, percebo que ela já está no portão esperando por nós.

- Puxou a você.

Digo para Laura segurando sua mão e vendo ela revirar os olhos. Como de costume, ela repousa a mão que está livre na barriga.

Abro o portão de ferro com facilidade e paro de andar quando escuto a porta principal sendo aberta.

- Mano!

Drogo aparece na minha frente e recebo um abraço inesperado. Ele me solta e vai até Laura.

Vejo Nicolae aparecer com um livro em mãos, mas ele logo cai no chão quando nos vê em nosso quintal.

Is it love? PeterOnde histórias criam vida. Descubra agora