Capítulo 44

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...

Nós entramos na mansão e fomos imediatamente para a sala. Nicolae estava lendo calmamente, mas logo se vira para nós.

Sua expressão escurece rapidamente, mesmo antes de dizer qualquer coisa.

- Aconteceu alguma coisa?

- Sim. Temos um problema. Um aluno da faculdade, Loan, me disse que eu sou um "monstro", acho que ele desconfia de alguma coisa.

- Um monstro?

Ele se levanta e fica diante de nós, ele parece irritado.

- Por que ele o chamaria de monstro?

- Ele não gosta de me ver junto com a Laura. Ele me provoca sempre, uma coisa que antes não acontecia. Mas eu não acho que ele tenha inventado isso tudo. Ele deve ter alguma ajuda.

- Você quer dizer ajuda dos... Descendentes Dos Templários?

De quem?

Nicolae se vira para mim. Ele parece realmente preocupado.

- Me desculpe você se misturar com tudo isso, Laura. Posso ter uma palavra em particular com o Peter?

Eu olho para o Peter e depois para o Nicolae, eu aceno com a cabeça e me viro. Mas antes que eu posso dar um passo a frente, alguém segura meu pulso.

- Eu acho que a Laura tem direito a saber mais, Nicolae. Você mesmo diz que ela querendo ou não está ligada a nós agora.

Eu me viro e vejo os olhos do Nicolae passarem rapidamente na mão do Peter no meu pulso.

- Muito bem... Mas você tem que prometer que não vai contar isso para ninguém.

Mais e mais segredos. Sinto que minha vida vai ser repleto deles.

- Prometo.

Ficamos muito tempo conversando. Ele me explicou que mesmo eles fazendo de tudo para parecerem normais, algumas pessoas ainda suspeitam deles.

O fato do Loan é ainda um mistério. Nicolae teme dele ser um dos agentes e pede para nós dois tomarmos cuidado.

- Laura, eu preciso lhe fazer uma última pergunta. Pense em você e no seu bem estar. Vamos entender você e te apoiar independente da sua escolha.

Eu aceno com a cabeça um pouco nervosa.

- Você quer mesmo continuar aqui conosco? Você está vivendo isso tudo e imagino como deve ser difícil para você...

- Não! Tá tudo bem, Nicolae. Vocês acabaram se tornando uma família para mim. Eu vou continuar aqui.

Ele sorri amigavelmente e se levanta.

- Muito bem, então é isso. Tomem cuidado vocês dois, vou conversar com o Drogo e seremos ainda mais discretos. Boa noite.

Ele sai graciosamente e me deixa sozinha com o Peter. Quando eu o olho, vejo ele com um pequeno sorriso nos lábios.

- Eu fico feliz que você tenha escolhido ficar.

- Eu também...

Sorrimos um para o outro.

...

Eu reviro na cama totalmente entediada.

Começo pensar em mil coisas e principalmente em uma pessoa em especial.

Suspiro, realmente o Peter é uma caixinha de surpresas e eu gostaria tanto de me aproximar dele.

De repente, uma ideia vem em minha cabeça e eu me levanto indo em direção ao quarto dele.

Eu bato na porta e ele abre rapidamente.

- Laura...o que eu posso fazer por você?

- Eu gostaria de lhe perguntar coisa... Por favor, antes de falar não, me deixe terminar.

Ele ergue a sombrancelha. Pelo menos ele deixou eu falar minha ideia.

- Ok. Vai ter um show e eu gostaria muito de ir, só que não tenho ninguém para me acompanhar... Como eu estou com medo de ir sozinha e você gosta de música, você poderia ir comigo?

Ele olha para mim, parece pensar na minha proposta.

Diga sim, diga SIMMMM!

- Aparentemente eu não poderia te negar nada... Ok, vamos nesse show. Do que é exatamente?

Eu sorrio de nervoso.

-...rock...

Ele me olha surpreso e um sorriso bobo aparece em seus lábios.

- Rock? Você quer me colocar a prova, né?

- Você vai gostar! A banda toca muito bem.

- Eu duvido...

Rimos juntos.

- Então nos vemos mais tarde, vamos juntos?

- Eu não deixaria você ir sozinha, vamos no carro do Drogo.

- Ótimo!

Ele fica feliz pelo meu entusiasmo e eu fico o admirando.

- Você quer me dizer mais alguma coisa?

Eu coro. Talvez eu esteja olhando para ele um pouco demais.

- Não, eu só espero que você goste. Estou preocupada agora.

- Não se preocupe, eu tenho certeza que mesmo sendo um show de rock, vai ser bom ter sua companhia.

Eu sorrio como uma boba.

- Até mais tarde então...

Vejo seus olhos brilhante e lentamente ele fecha a porta.

Volto para o meu quarto animada. Olho para meu celular na cama e logo me sinto culpada.

E a Sarah?

Decido não mandar mensagem, ela não gosta que eu saia sozinha com o Peter e eu não quero criar brigas atoa.

Logo um som suave de piano invade meu quarto.

A música é alegre e doce, diferente que o Peter costuma tocar. Parece que não é só eu que estou feliz com esse show.


Is it love? PeterOnde histórias criam vida. Descubra agora