Se eu pudesse contar as estrelas,
Quantos mundos não veria?
Que me vizitam durante a noite
E se vão quando chega o dia.Se eu pudesse contar as estrelas,
Quantas delas não vos daria?
Subiria até os céus
E de lá eu voariaSe eu pudesse contar as estrelas,
Quandos infinitos caberiam em mim?
Quantos eu mais elancinantes?
Talvez culminassem em meu fimSe as estrelas fossem contáveis
Estaria a conta-las agora,
Não escrevendo sobre elas
Palavras que se perderam outroraO que melancoliza essa ideia
É o quanto ela falsa pode parecer,
Mas eu, peregrino, ando
Em busca do mundo conhecer
De pés descalços no chão de barro
Olhas as estrelas seriam um prazer
Sentir o sol no meu rosto
Sentir o vento no alvorecerPeregrino sem casa sou
Pelo menos dentro de mim é
Porque por fora há tanta sujeira
Que sujaria a casa inteira
E o sufocaria sem miguéSou peregrino sem lar,
Em busca das estrelas enumerar
E me tornar um homem amargo
Quanto todas consegui contar
Pois assim não serão tão brilhantes
Pois assim não serão tão andantes
Pois assim serão tediosas
E olhar pra elas me será irritante
Logo a mim peregrino sem lar
Que um dia fui seu amanteSe eu pudesse contar as estrelas,
Contaria os mundo que vivi
Contaria medos que senti
E falaria o que ainda está por vir
E de manhã partiria sem me despedirSe eu pudesse contar as estrelas,
Te diria que não é dificil,
Fazer parte de tudo
E ainda sim ser sentido
Amar a cada dia mais
Pois você também é um infinito.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Rabiscado e Rimado
PoetryPoemas de autoria de Edgar F. Netto. Uma simples sinopse não comportaria As palavras que quero depositar, E tentando tornar noite em dia poucas palavras tentarei rimar...