Pandemonia
Com vosso vermelho mancha o véu,
Poupai-nos, oh céu!
De tamanho terror cruelDo sangue do criador que escorre e cai
Cai entre as estrelas e atravessa as núvens
Cai entre os valores e o certo e o errado
Cai entre a hipocresia e a omissão
Cai entre as castas e os níveis
Cai de cima de vosso mundo de concreto e fumaça
Adentra o abismo ao fundo da tumba terrena, lá onde se esconde o amor, lá onde se oculta a verdadeira beleza, lá onde se esconde a verdade
Pinga no mundo e sobre ele se desfazNa árvore onde você brincou,
O que é humano levou
No banco onde ela sorriu,
O que é humano levou
Na casa onde você morou,
O que é humano levouConcretaram o mundo e no mais profundo esconderam a beleza, acorrentaram o amor e selaram a verdade,
Pois o que o concreto não quer o concreto destrói
Como se pode colorir em um mundo onde as unicas cores é o branco e o preto?Homem, filho de Deus.
Concreto, filho do homem.
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Rabiscado e Rimado
ŞiirPoemas de autoria de Edgar F. Netto. Uma simples sinopse não comportaria As palavras que quero depositar, E tentando tornar noite em dia poucas palavras tentarei rimar...