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Noite fria e solitária
Com esse suspense no ar
Noite fria e solitária
Que demora a se acabar
Baixinho bem no canto
Faço minha oração
Com a voz no tom mais baixo
Perto do meu coração
"Oh Gaia, corpo da terra,
Ouça minha petição
Tira de mim essa angustia
E dai à mim a redenção
Mesmo que os dias pareçam mares
De tantas lágrimas caidas
Salva a mim com a oração,
E minhas memorias esquecidas"
Na floresta de pinheiros
O calor da tentação,
Brisa fria do outono
Lança fora a solidão
Que estas árvores memorizem
O momento em que acontecer
Peço à Gaia novamente
Antes do sol desaparecer
"Oh Gaia, corpo da terra,
Ouça minha petição
Tira de mim essa angustia
E dai à mim a redenção
Que com a terra deste bosque
Minha palavras permaneçam
Infinitas para sempre
Mesmo que este solo não floresça"
Por muito tempo minha magia foi a palavra
Escritas e esquecidas como o pólen da estação
Floresciam e sumiam, como se nunca tivesse existido
Mas então me veio Gaia,
E tudo aqui criou sentido
"Oh Gaia, corpo da terra,
Ouça minha petição
Tira de mim essa angustia
E dai à mim a redenção
Mesmo que eu perca a memória
E minha visão se padeça
Nunca vou deixar que sua lembrança
Dos meus olhos desapareça"
Para Gaia não há frio,
Nem no inverno, nem no outono.
O que há pra Gaia é magia
Que se eterniza com o vosso conto.
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Rabiscado e Rimado
PuisiPoemas de autoria de Edgar F. Netto. Uma simples sinopse não comportaria As palavras que quero depositar, E tentando tornar noite em dia poucas palavras tentarei rimar...
