*23* casamento

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Hayle ON

Passei o batom vermelho em meus lábios, finalizando a maquiagem que eu fazia já a horas.
Sorri satisfeita saindo do meu quarto.

- Eu tô pronta mãe. - Avisei a ela descendo as escadas.

- Está linda querida. - Sorri depositando um beijo em sua testa.

Eu e minha mãe fomos convidadas para um casamento de um dos amigos dela e claro que falamos que iríamos. Ele começaria daqui algumas horas e eu já estava toda arrumada.

Eu vestia um vestido longo, a maquiagem forte, o bastante para ter ficado lindo. Quem precisa de salão de beleza se tem eu em casa?

- Ok, estou indo ficar linda também. - Gargalhei com o comentário da minha mãe concordando.

****

A música alta tocava por todo salão enquanto muitos dançavam. Eu me encontrava sentada sozinha por não reconhecer ninguém ali. Minha mãe simplesmente me largou na primeira oportunidade que teve.

– Você quer dançar? - Olhei para cima, conseguindo encarar o garoto corajoso que me pediu isso.

Claro que era ele.

- Tá fazendo oque aqui também Carlos? - Perguntei sem nenhum interesse.

- Não poderia deixar de vim no casamento do meu irmão, poderia? - Ah claro. - Deixa eu pergunta de novo...

- Eu não quero dançar. Não com você. - Respondi estressada fazendo assim ele rir.

- Eu não tô fazendo isso por você Hayle. Sua mãe me pediu para que eu viesse até aqui e fizesse você dançar naquela pista de dança essa música chata e romântica.

-Eu deveria acredita nisso?

- Então vá lá e pergunte a sua mãe. - Direcionei meu olhar até minha mãe que conversava alegrem com seus amigos. Bufei olhando novamente para Carlos que tinha um sorriso vencedor em sua fase.

- Eu não sei dançar. - Respondi a primeira coisa que veio em minha mente.

-Eu também não. Olha que coincidência- Ele estendeu seus sua mão. Apenas a olhei pensativa. - Relaxa, eu posso ficar aqui o dia inteiro. - Revirei meus olhos pegando em sua mão.

- Espero não me arrepender disso também. - Falei para ele que riu.

Respirei fundo, ficando de frente a Carlos, um tanto distante mas em ato bruto ele me puxou pela cintura me fazendo assim ficar a milésimo de distância do seu rosto. Respirei fundo novamente, tentando de alguma forma, não ter nenhum efeito sobre ele.

|música que está tocando multimídia|

Carlos segurou uma mão em minha cintura, e a outra se envolveu com minha mão com seus olhos ainda focados no meus começando a dançar lentamente. Os seus olhos conseguiam penetrar os meus de uma forma que conseguia me intimidar. Isso era oque eu mais odiava nele.

Ele começou a fazer movimentos com suas mãos em minha cintura, descendo e subindo. Mais logo suas mãos macias foram até meu rosto o alisando

- Você vai me beijar? - Que pergunta idiota Hayle!

- Você quer que eu te beije? - Respondeu ele, com um pequeno sorriso de lado, enquanto passava um dos seus dedos em meus lábios.

- Não...- Respondi em um sussurro que quase não saia. Não conseguindo evitar olhar direto para seus lábios rosados, chamando por mim.

-Mais eu quero te beijar...- Carlos sussurou em meu ouvido, abaixando suas duas mãos para minha cintura. 

Se controla Hayle. Acha uma saída, isso é uma armadilha feita perfeitamente para você. Carlos é a armadilha.

- Preciso ir. - Murmurei me virando rapidamente para ele, mais antes ele não deixou de segurar em meus braços, me puxando bruscamente para perto dele fazendo assim eu bater em seu peitoral. 

- Você está linda! - Franzi a testa.

-Achei que diria excitante. - Ele sorriu fraco, não tirando seus olhos de mim.

- Isso também. - Respondeu antes de me fitar da cabeça aos pés. - É, isso também... - Bufei, tentando sair do seus encantos.

- Agora Tchau! - Falei brava, saindo rapidamente antes que ele podesse me puxar de volta, me direcionando para fora daquela festa podendo agora respirar aliviada.

Joyce on

- Eu juro, que se eu me arrepender disso, eu te mato. - Falei zangada á Guilherme que sorria. Já era tarde estava frio, muito frio e essas horas ele havia me chamando lá em casa para me levar em algum lugar. 

- Era só você ter recusado vir. Por que não recusou?- Engoli seco. Porque eu não recusei.

- Já estamos chegando? - Perguntei, para evitar sua outra pergunta.

- Sim, estamos sim. - Sorri aliviada. - Vem. - Ele me puxou pela mão, me levantando para um lugar com pouca iluminação, e algumas coisas quebradas. - Você lembra disso aqui?

- Sim. - Sorri fraco, analisando tudo. Como ainda podia existir.

Era um parque, onde eu sempre vinha com o Guilherme quando éramos pequenos. Sempre brincávamos aqui até tarde da noite. E depois disso, ele sempre me entregava na porta de casa.

- E...lembra disso?- Perguntou me mostrando uma antiga casa de brinquedo que nós escondiamos  aqui no parque para quando nós estivermos sozinhos, brincamos. Isso anos atrás. Abri um enorme sorriso me aproximando.

- Como você encontrou? - Perguntei ainda com um enorme sorriso em meu rosto. - Tá não precisa responder. -Me aproximei do balanço, me sentando nele. Conseguindo lembrar perfeitamente do nosso passado. E logo o outro balanço foi acomodado por Guilherme.

- Que bom saber que você ainda lembra de tudo, que ainda lembra...de nós. - Direcionei meu olhar para ele sorrindo.

- Claro que eu lembro né. Você era meu melhor amigo bobão. - Respondi dando um soco fraco em seu braço. Ele sorriu concordando com a cabeça.

- Então você deve lembrar dá vez que eu me declarei pra você, aqui nesse parque. -Meu sorriso aumentou mais ainda lembrando.

- "Eu gosto de você, não... não eu amo você. Minha mãe me disse que se eu gostasse mesmo de você era pra eu dizer, nunca esconder segredo da sua melhor amiga. - Falei tentando fazer sua voz de quando pequeno. Essa foi sua declaração.

- Isso é muito legal Gui, eu também gosto de você. Mais só poderemos namorar quando você for maior que eu. - Sorri abaixando a cabeça. Essa foi minha resposta para ele depois de se declarar.

- Você lembra bem... - Guilherme sorriu se levantando do brinquedo, ficando bem em minha frente. - Oque foi? - Ele pegou em meus dois braços, me puxando para ficar de pé em sua frente. O olhei mais confusa que antes.

- Vejamos aqui.- Ele falava suas palavras lentamente olhando para mim. - Eu estou maior que você... - Inclinei minha cabeça totalmente surpresa pelo oque ele falou. Gargalhei comigo mesma, vendo sua expressão ainda sério.

Tudo bem ele estava falando sério.
Respira Joyce!

- Gui...- Ele me cortou antes que eu podesse o responder.

- Fica tranquila, isso não é uma declaração. - Ele abriu um sorriso, se afastando. Eu deveria ficar chateada com isso? Por que eu fiquei.

- Ahn...ok, então acho melhor irmos embora. - Falei tentando não demonstrar nenhum afeto com aquilo.

- Sim claro vamos.

Amores ImperfeitosOnde histórias criam vida. Descubra agora