Capítulo 11- Sou Charlie Harrington

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 Acordou no dia seguinte no seu apartamento em Berkeley, como Charlie Harrington. Dessa vez, Lauren sabia de sua vida toda como Charlie, suas memórias e dados pessoais, e não fazia ideia de quem era Lauren Mitchell Evans. Tomou banho, fez sua higiene pessoal e arrumou-se. Logo, recebeu uma ligação de seu amado Sam, e um sorriso apareceu em seu rosto involuntariamente. Jantariam juntos aquela noite na sua casa e ela prepararia seu prato favorito.

 Almoçou com sua amiga Alex e foi para o trabalho. Ao chegar em casa, começou a escrever sem parar em seu computador, todas as ideias que apareceram em sua mente em apenas uma noite. Era até difícil organizá-las em uma só história, pois eram várias. Mais tarde, Sam chegou em seu apartamento. Ela lhe entregou dezenas de papéis impressos grampeados para Sam avaliar.

- Boa noite, amor. O que é isso?

- Boa noite, Sam. Ah isso é só algo que eu quero que você leia. 

- Mais uma das histórias que você começa, faz todo mundo amar e apoiar e aí você nunca continua? Por que eu ainda insisto em te encorajar? – Riu, enquanto pegava as dezenas de folhas grampeadas tortas e bagunçadas.

- Esse já tem um fim na minha cabeça. - Deu um soco no braço de Sam e ele riu.- Por favor, lê logo e me diz o que achou, enquanto isso eu termino essa pizza mac and cheese. –Disse, ansiosa.

- Ai meu Deus, eu te disse que tava evitando carboidratos e você me vem com pizza mac and cheese? Que delícia, eu não conseguiria fazer essa dieta por mais uma semana mesmo.

- Sabia que não resistiria.

 Sam leu a história em meia hora.

- Uau! Simplesmente uau! Uma história em que a mulher muda de vida por meio de um anel e vive em vários lugares do mundo? De onde você tirou isso, Chalie? É brilhante!

- Então! Eu não sei, acho que sonhei com isso, sei lá, mas já pensou se todos pudessem escolher a vida que quer viver? Seria incrível, né? Eu iria sei lá, pra movimentada Nova York, trabalhar numa empresa chique e correr atrás de um táxi com um copo de Starbucks na mão, com aqueles casacos elegantérrimos. - Ela ria de si mesma.

- Para de viajar, Charlie. - Os dois riram.- Olha esse molho, vai queimar.

 E assim, Charlie viveu uma (finalmente, só uma) vida feliz em Berkeley, ao lado de pessoas que a amavam, como a famosa e reconhecida escritora de romances fantásticos, que sem saber, era(m) sua(s) biografia(s).

                                           FIM 

A(s) Vida(s) de LaurenOnde histórias criam vida. Descubra agora