Anna Heloísa [21]

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Tentei controlar minha raiva, mas ela só aumentava. Tudo o que eu queria era encontrar o Rômulo. Ele é tão bom comigo, sem dúvida vai me acalmar.

No dia seguinte fui surpreendida ao vê-lo beijando a Samara.
— O que é isso? – pergunto
— Sério que você não sabe? – a Barbie responde
— Não perguntei a você. Vai ficar ai calado Rômulo?
— Sai fora garota. – ele responde
— O quê?
— Agente não ia dar certo, foi legal aquilo tudo. Você é de longe uma das garotas mais radical que conheci, mas é só isso.
— Ou você achava que ele te enxergava como mulher? Se olha garota, você parece um moleque. – a Barbie diz
— Um moleque? É isso que você acha Rômulo?
— Só vai embora, vamos deixar as coisas como estão.
— Ah tá bom, claro.
— O que você fez garota? – A barbie pergunta desesperada

Eu poderia simplesmente ir embora, mas depois de tudo que fiz por ele e mesmo assim ele não ter me defendido me deixou mais que decepcionada, fiquei completamente irrita e partir para cima o deixando no chão.

Como minha vida pode mudar assim de repente? As coisas estavam indo tão mal que já estava sem apetite. Há um dia não como nada, isso explica a dor de cabeça.

Entrei na sala e lá estava a Carol.
— Desculpa por ontem. – ela diz.
— Tá tudo bem.
— Por que estão te chamando de moleque-tê?
— Deve ser invenção do Rômulo. Você estava certa, ele é um idiota. Dei uns golpes certeiros​, ele vai lembrar bem de mim.
— Soube que ele e a Barbie voltaram. Sinto muito, você estavam tão próximos.
— Meu gosto por homens nunca foi o melhor, ficaria surpresa que ele fosse um cara bom.
— Tá certo, vamos para o ginásio, temos aula de educação física hoje.
— Sério? Estou com uma dor de cabeça horrível.
— Vai na enfermaria, a nova enfermeira é bem legal, acho que não é daqui.
— Não precisa, tá tudo bem. Vai ser só um joguinho qualquer e não irá me derrubar.

Foi um erro ter falado isso, estávamos jogando baleado. Correr de um lado para o outro já tinha me deixado tonta, foi só receber o impacto da bola para eu ter desmaiado.

Quando acordei encontrei uma mulher assustada, com minha blusa de esporte na mão.
— É você. – ela diz, imagino que esteja se referindo ao “garota muleque-tê” o Rômulo é um idiota.
— Longa história, conto em outra hora.

Pelo que parece a mulher ia fazer uma reverência ou ia pegar algo no chão quando minha tia invadiu a enfermagem preocupada.

Não sei quem estava mais surpresa, se era a enfermeira ou minha tia ao vê-la.
— O que tá acontecendo? Vocês se conhecem?
— Minha querida você está bem? – minha tia pergunta
— Estou sim, só esqueci de me alimentar e deu nisso.
— Ela está certa. – a enfermeira me apoiar​
— Você me assustou. – Echilley me abraça
— Você se importa em me deixar a sós com sua tia? Tenho que conversar sobre seu desmaio com ela, não é  nada grave.
— Tudo bem espero lá fora.

ANTES DE DORMIROnde histórias criam vida. Descubra agora