Jhon E O Mundo Dos Sonhos

Capítulo 12 - Respostas

Já tinham se passado quinze dias do interrogatório sem sentido da Pérola, ou pelo menos foi assim que ela disse que se chamava. Os sonhos lúcidos já eram constantes e Jhon já tinha conseguido cumprir as duas missões que ela deu, a primeira foi um pouco complicada e ele acabou levando mais tempo do que a segunda.

Era difícil se imaginar sempre da mesma forma, ainda mais aquela forma tão estranha, mas com o tempo Jhon conseguiu se manter da mesma maneira.

Para cumprir a segunda missão foi bem mais simples, bastava ele anotar as horas quando dormia e quando acordava e imaginar que estava com um cronometro quando estava dentro de um sonho lúcido.

Comparar o tempo que se passava no mundo real com o tempo que ele cronometrava durante os sonhos lúcidos acabou deixando Jhon um pouco confuso, pois na maioria das vezes ele era menor, mas em dois dos dez dias, em que Jhon utilizou essa técnica, o tempo dentro do sonho lúcido foi maior que o tempo dormindo na vida real, mas o que mais surpreendeu Jhon foi ele ter conseguido ficar tanto tempo dentro do sonho lúcido.

 - Espero que ela apareça hoje, ja faz três dias que eu completei as missões e nada de ela aparecer - Disse Jhon enquanto bebia um copo de água e olhava no relógio da cozinha marcando meia noite, era véspera das provas e naquele dia Jhon estranhamente resolveu estudar - Bom acho que agora o jeito é dormir quem sabe hoje eu consiga algumas respostas.

Jhon deixou o copo sobre a pia da cozinha e foi direto para o seu quarto deixando todas as luzes pelo caminho apagadas, ele simplesmente deitou na cama se cobriu e logo em seguida dormiu.

Ao despertar no sonho lúcido Jhon já estava na forma esquisita que nem ele sabia de como chamar, ele estava de frente para um campo e de costas para uma pequena floresta, o sol brilhava como nunca e o  céu azul com poucas nuvens estava cheio de pássaros dos mais variados tipos.

 - Então você conseguiu.

 - Parece que sim - Disse Jhon virando-se para ver a garota que falava por detrás  dele.

 -E enquanto ao tempo?

 - Já está sobre controle, agora vamos ao mais importante.

 - Suas perguntas né?

 - Mas é claro.

 - Eu vou responder uma para cada missão, mas se você tiver qualquer duvida sobre alguma das respostas vai ter que gastar outra pergunta, entendido?

 - Sim, senhorita Perola, posso começar?

 - Comece,

Jhon tirou uma lista do bolso, era uma lista um tanto quanto grande e ele seguiu a ordem das perguntas.

 - Primeiro eu quero saber sobre as perguntas que você me fez, o fato de não dizer o nome é bem estranho.

 - O guardião.

 - O que tem ele?

 - Se você me deixar terminar eu explico.

 - Perdão - se desculpou Jhon ao perceber o excesso de ansiedade.

 - Se você dizer o seu nome para alguém, aquele que você chamou de guardião pode ouvir e, se ele souber o seu nome pode dar um jeito de apagar você do mundo dos sonhos para sempre.

 - É por isso que você mentiu sobre o seu nome para mim  "Pérola"?

 - Essa é a sua segunda pergunta?

 - Não não não.

 - Então me pegunte apenas o que eu tenho que responder.

 - Tá entendi o lance do nome, então acho que vou perguntar o motivo das outras perguntas - 

Jhon parou um pouco e percebeu que um detalhe não fazia sentido - Mas se ele pode torturar as pessoas ele não deveria precisar nos ouvir falando nosso nome, qual a explicação para isso?

 - Agora essa é a segunda pergunta?

 - Sim, não entendo isso.

 - Bom, por algum motivo ele é proibido de perguntar o nome das pessoas.

 - Bela resposta, você não sabe o motivo?

 - Mesmo se soubesse você iria precisar gastar outra perguntas para descobrir. Agora vamos para segunda etapa, sua terceira missão.

 - E qual será ela?

 - É uma missão bem importante, se você falhar eu mesma te expulso do mundo dos sonhos.

 - Você sabe que os seus discursos só atrapalham não é?

 - Você fala muito.

 - Nunca pensei que algum dia uma pessoa me diria uma coisa assim.

 - A missão vai ser a seguinte, sabe o acampamento que eu te levei quando você ficou nesta forma pela primeira vez?

 - Sim sei.

 - Então, eu preciso que você . . .