⛾1-Mágoas ⛾

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O suicídio... a merda mais fodida desse planeta, o suicídio, isso tirou o meu Irmão Finneas de mim, talvez eu esteja errada ou sendo egoísta mas a morte desse idiota acabou comigo, me lembro como se fosse hoje das suas palavras doces para mim.

-Billie não tenha medo de ser você nunca, okay?-  Palavras que hoje doem de serem lembradas, você nunca entende o porque ou se conforma com o suicídio, pois você sabe que não foi o suficiente para pessoa que você amava, isso é um fardo que levo por não ter sido o sufiente para meu próprio irmão.

Ja passava das sete da noite e eu estava em um terreno baldio no extremo norte de Los Angeles, o sol já não era visto por mim embora estivesse ainda um pouco de indícios de luz, uma vodka e cigarro barato me faziam companhia naquele começo de noite que prometia, meu rosto estava quente e a visão um pouco embaçada por culpa do álcool que injeria.

Eu sentia meu corpo se partir a cada segundo que mais álcool descia pela minha garganta estava foda aguentar a culpa sozinha, meus pais fingindo que a morte de Finn foi luxúria de seu filho mais velho e amado o orgulho da família!
Agora só sobrou eu a merda da caçula que so pensava em se drogar não é mesmo...

Eu afundei minha família eu matei meu irmão eu, eu e eu...

Minha imaturidade cobrou seu preço me levando o meu bem precioso, fazendo a culpa de tudo bater, nesse instante as lágrimas foram inevitáveis, meu peito se apertava a medida que as lágrimas escorregavam pelo meu rosto, por um segundo o suicídio veio a minha cabeça mas não, eu não ia me deixar levar ao mesmo final que meu irmão por isso sairia daquela cidade maldita o quanto antes.

(...)

Cheguei em casa na madrugada de sexta na calada pra não acordar meus pais ia ser rápida para não me delatar, entrei em meu quarto e começei a fazer uma pequena bolsa para sumir daquele inferno peguei apenas  o essêncial algumas roupas, cartões de crédito e um pouco de dinheiro que meu pai escondia e que eu haverá juntado nos últimos meses.

Sai como uma ninja daquela casa infernal, silenciosamente entro na minha banheira e saio outra vez cantando os pneus.

-ADEUS INFERNO!!- Gritei empolgada e um pouco alcoolizada de dentro da minha banheira que ia voando pelo asfalto febril.

As luzinhas de sinalização piscavam pelo asfalto, era surreal eu Billie estava mesmo fazendo aquela porra, pra onde eu ia? NÃO FAÇO A MININA IDEIA...
Mas desde que seja bem longe daqui, pensei rápido e Nova York era a melhor opção eu tinha uma velha amiga de infância que morava no Brooklyn, e la
seria fácil arranjar um emprego...
Então Nova York lá vamos nós...

A merda do meu mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora