Ninguém liga pra sua existência até que você morra, ou fuja de casa na calada da noite.
Já fazia sol naquele começo de sexta, o horizonte estava lindo cheio de tons laranjas e amarelos sem nuvens no céu, minhas mãos seguravam rígidas o volante o cansaço por estar dirigindo a horas começava a se manifestar pelo meu corpo todo eu precisava parar e ligar pra Hayley.
-Alô, oi Hayley.- Me apressei com as palavras quando ela atendeu.-Bem, só para avisar que já estou a três milhas de Nova York poderia me encontrar no Starbucks?
-Oh claro Bill chego lá para te guiar daqui a pouco ok?
-Claro, okay.
Sem delongas desliguei o telefone notando as milhares chamadas perdidas de meus pais, o velho deve ter visto que o roubei por isso estava tão preocupado ou melhor bravo comigo chegava a ser cômico como eles não se importavam.
Ja esgotada chego ao Starbucks minhas mãos e pernas estavam dormentes pela falta de movimentos que eu havia feito naquela noite no instante que sai do carro senti meu corpo todo ser puxado para baixo com muita força, acabei caindo na porra daquele estacionamento cheio por causa do horário de pico, Billie a máquina humana de passar vergonha ataca novamente, todos me observavam como se eu fosse uma alcoólatra (no fundo estavam certos, mas não os davam o direito de olharem daquela maneira absurda).
Entrei no Starbucks cambaleando, minhas pernas estavam ainda um pouco dormentes e precisavam de um descanso para melhorarem daquelas dores infernais que eu sentia, olhei ao redor das mesas procurando por Hayley como não a encontrei decidi sentar em uma mesa vaga perto da entrada, até que uma garçonete veio até mim.
-Olá, o que gostaria de pedir.- A mulher era gentil e mantinha um sorriso de orelha a orelha no rosto.
Antes que eu me pronunciasse uma voz feminina ecôou atrás dela.
- Um expresso sem açúcar e um chocolate quente, por gentileza.- Hayley disse assustando a mim e a garçonete, ela nada disse apenas anotou o que Hayley pediu e saiu ainda sorrindo.
Hayley se sentou do meu lado e me observou com os olhos semi cerrados, logo franzil o cenho.
-Bom te ver também Hay...- Falei tentando me sentir menos tensa com ela encarando-me daquela forma.
Queria entender o que estava passando em sua cabeça naquele momento...
VOCÊ ESTÁ LENDO
A merda do meu mundo
Teen Fiction"Amor, drogas ou sexo? O que te leva a cair nos pecados? O que te faz sentir culpado? A morte do meu irmão, problemas com os meus pais, sair de Los Angeles e morar em Nova York? Okay, não era tão grandioso assim eu sei. Eu sou uma menina morta, não...