Quatorze

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Nos deitamos no chão da sala e Alex apagou a luz se jogando em cima da gente, gargalharmos, Kauã me puxou e beijou meu pescoço me deixando sem graça..

Beca acionou o play no filme de terror e abraçou o Tony em seguida..

Olhei Kauã disfarçadamente e ele prestava atenção no filme, senti suas mãos alisando meus cabelos e sorri, estava me sentindo tão bem ali, será que era disso que eu precisa, alguém que, me fizesse me libertar dos montros que me seguravam..

Ouvi meu celular tocar e todos me olharam, peguei o mesmo e vi o nome de papai ali, levantei e segui pro fundo da casa atendendo..

_Oi pai_  Falo um pouco baixo, não costumávamos conversar por telefone .

_Como tá o passeio meu amor_ perguntou e sorri.

_Legal_ Digo e o silencio se instala..

_Sabe, mesmo você toda estranha, quietinha no canto e sem falar com ninguém, você ainda estava aqui_ disse carinhoso e meus olhos marejaram_ E agora, você faz tanta falta_ sussurrou e a lágrima desceu.

_Eu não estou tão longe pai_ digo e ouço ele fungar_ E quando eu voltar, prometo, ser mais presente_

_Então, espero ansioso pela sua chegada_ disse e sorri secando as lágrimas.

_Pai, eu te amo_ sorrio olhando a piscina.

_Eu também te amo, Luna Maria_
Fechei os olhos e senti mais lágrimas descer..

Conversamos mais um pouco e finalizamos a ligação, eu achei que sempre seria melhor ficar longe, fazer de conta que não existia, e ficar calada quando a família conversava, mais não era bom, eu não me sentia bem com isso, e hoje, ouvindo o que papai falou, eu vi que eu faço tanta falta pra eles quanto eles pra mim..

Eu amo meus pais, e agora, já não tenho medo de dizer isso..

Vejo Kauã se senta atrás de mim e me encosto nele me encolhendo..

-Eu não quero que pense que sou um carrapato que fica o tempo todo no seu pé, mais, eu não gosto de deixar você sozinha.. Ele me apertou e sorri olhando o mesmo..

-Obrigada por isso.. Me viro e lhe dou um selinho.. -Eu também não gosto de ficar sozinha.. Digo e ele segura meus cabelos de leve me dando um beijo quente..

Senti suas mãos na lateral do meu corpo e arfei, ele fazia tudo sempre tão bom, tão perfeito, tão, diferente..

Paramos o beijo com selinhos e sorri olhando o mesmo..

-Se eu disser que te amo, assim, tão rápido, você vai fugir de mim? Perguntou e respirei fundo, me afastei e levantei..

Olhei o mesmo e ele mudou a visão, sorri de lado e estendi a mão, ele me olhou e pegou se levantando..

-E eu lá tenho cara de quem foge de alguém.. Coloco a mão na cintura e ele sorri.. -Vamos na praia, quero saber como é transa lá.. Sussurro e Kauã gargalha me abraçando..

-Te amo, maluquinha..
Falou e sorri enquanto caminhávamos pra fora de casa.

......

Gargalhei do que Beca falou e coloquei a travessa na mesa pegando a outra e colocando ali também..

-Sério, fiquei morta de vergonha achando que vc tinha ouvido.. Ela falou e colocou os copos e pratos na mesa..

-Cadê a folgada da Lívia em? Pergunto e bufo..

-Luna, para né.. Beca falou olhando pros lados..

-Tô doida pra ela me dizer um ai..
Implico e Rebeca gargalha..

Terminamos e Tony entra com umas sacola e Kauã atrás, Tony da um selinho em Rebeca e sorrio de lado vendo Kauã vir ate mim, ele cheirou meu pescoço e me deu um selinho em seguida..

-Cadê o resto do povo? Tony perguntou colocando o refri na mesa..

-E esses resto lá faz nada.. Digo e Kauã sorri balançando a cabeça..

Vejo Lívia entrando e Dinho atrás..

-Estão falando da gente por acaso?
Ela perguntou e olhei a mesma por baixo do cílios demonstrando meu ódio..

-Se você se considera um resto, então sim, algum problema? Pergunto e dou as costas pegando mais algumas coisas..

-O único problema aqui é você garota.. Joguei a cabeça pra traz e gargalhei alto me virando.. -Se enxerga.. Nego revirando os olhos e Dinho falou algo com ela..

-Ah eu me enxergo muito bem querida, e a única que dá problema aqui é você.. Falo colocando o talher com certa força na mesa.. -Quer saber, vai se fuder.. Jogo o pano na mesa também e saio dali..

Que saco, tô de saco cheio dessa menina, atirada, preguiçosa, folgada, vagabunda, e ainda quer tirar ondinha, ah, se fuder pra lá, gosto nem de ficar batendo boca com ninguém, bato logo e pronto..

Sigo pra frente de casa e me sento na calçada, saco, puta dos infernos..

-Luna, vamos almoçar vai..
Kauã falou tocando meu braço e puxei o mesmo..

-Cala a boca Kauã, me deixa em paz..
Digo irritada e ele suspira se sentando do meu lado..

Olho o mesmo de relance e respiro fundo, porque eu tô fazendo isso, eu nem devia ta fazendo isso, ainda mais com Kauã, quem eu quero enganar, eu tô louca é pra entrar e enfiar a mão na cara daquela vadia atrevida..

-Olha Kauã, desculpa tá..
Peço me virando pra ele e o mesmo sorri..

-Vamos pra dentro vai, tô louco pra provar aquela macarronada..
Sorri e consenti..

Nos levantamos e entramos, estavam todos na mesa, menos a outra lá, mais ninguém tinha comido ainda..

-Bom, vamos comer né..
Digo e pego uma espátula..

Kauã se sentou e comecei a cortar a macarronada e colocar nós pratos, Lívia apareceu com o João se achando e sorriu de lado..

"Senhor, me ensina o que é paciência porque eu preciso usar ela de vez em quando."

Nova chanceOnde histórias criam vida. Descubra agora