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Há seis anos, Março 2012

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Há seis anos, Março 2012.

Um mês que Amy está trabalhando e um mês que tenho que me ajeitar sozinho como nos velhos tempos.
Pego a gravata colocando-a em volta do meu pescoço quando escuto a porta da sala ser batida, espero Amy entrar pela porta do quarto para me ajudar. Ela sempre me ajuda com a gravata. Todas as vezes em que preciso ir a alguma festa a trabalho, a morena me ajuda com a escolha da roupa.

Hoje eu escolhi sozinho e espero ter acertado, odeio quando ela me faz trocar de roupa várias vezes. Parece até que estamos em um shopping, e falar em shopping odeio quando ela me leva lá também, são horas e horas de tortura para mim.

   — Sequestraram meu namorado e deixaram um sósia dele aqui? — coloca a mão na boca para deixar tudo dramático, e eu a amo cada vez mais, mesmo sendo louca.

   — Muito engraçada. Ha-ha, olha como estou rindo. — ela dá um tapa leve no meu braço me fazendo rir.

   — Idiota!

Me dá as costas indo em direção ao guarda-roupa, fico parado olhando para sua bunda que está muito bem vestida naquela saia lápis vermelha. Eu sou um puta sortudo por ter uma bela mulher ao meu lado.
Sento-me na cama esperando uma eternidade para ela voltar com duas gravatas na mão.

   — Uma dessas duas fica melhor do que essa que você escolheu. — me sinto como se fosse um boneco quando ela fica com a feição de quem vai me trocar várias e várias vezes. — Essa irá ficar melhor.

Passa o braço em volta do meu pescoço, e faz o nó na gravata, quando ela o faz parece ser tão fácil.
Dá uma batida no meu peito me virando em seguida para frente do espelho. E concluo que mais uma vez ela está com razão, essa gravata está mil vezes melhor do que a que eu escolhi. A gravata é cinza com linhas desenhadas na cor preta o que combina com o terno preto, estou vestido para o padrão que o evento exige.

   — Eu queria poder levar você.

   — É o seu trabalho. Sou linda demais e você iria se distrair.

Sua gargalhada me deixa mais leve, a parte que não gosto desses eventos em que trabalho, é que não posso levar acompanhante. E Amy tem toda razão, ela ofuscaria a noiva e me distrairia como da primeira vez em que a vi.

   — Você é linda demais, doce.

Colido meus lábios aos seus sentindo a maciez deles, abro a boca puxando seu lábio inferior. Sua língua pede passagem, seguro seu rosto em minhas mãos e exploro com mais facilidade sua boca, sinto todo o meu corpo esquentar. É uma pena eu ter que ir trabalhar.

Eu te amo, Keegan.Onde histórias criam vida. Descubra agora