dezoito ·

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Há seis anos, Janeiro 2013

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Há seis anos, Janeiro 2013.

Minha mãe estacionou o carro de mau jeito em frente ao hospital, seguranças vieram em nossa direção dizendo que era proibido estacionar ali. Eva lançou um olhar mortal para eles e disse para um deles me pegar no braço, pois eu estava com dores em todo o corpo e estava doente. Ela está transtornada, parecia que ela iria explodir a qualquer momento.
O medo está consumindo ela tanto quanto a culpa. Ela sabe que a qualquer momento eu posso morrer, minha mãe não quer essa culpa consigo para sempre.

Queria gritar pela dor que está intensa, ela não vinha forte como quando começou, mas ela vinha intensa como se tivesse arrancando algo de dentro violentamente. Gemi e apertei o braço do segurança, ele chama uma enfermeira que traz uma cadeira de rodas. Vejo Eva na recepção entregando diversos documentos, eu não tinha nem visto ela pegar meus documentos de tão atordoada que estava.

Ponho a mão na minha barriga fechando os olhos com força pela dor fina que vinha, logo minha mãe está ao meu lado passando a mão em meu cabelo, dizendo que vai ficar tudo bem. Me apego a isso. Que ficará tudo bem e eu verei o homem da minha vida de novo, preciso muito vê-lo, preciso dele aqui. Quero senti-lo, beija-lo e escutar de sua boca que me ama e que ficará tudo bem. Que eu ficarei bem e nós seremos felizes como sempre me fala quando estou sentindo dor, é isso que me manter sempre sã.

O médico finalmente vem em nossa direção.

   — O que está sentindo, Jovem? — pergunta ele, me avaliando. Ele aparenta ter uns cinquenta e nove ou sessenta anos, cabelo grisalho com fios negros e um bigode na mesma cor do cabelo.

   — Minha barriga. Está doendo muito! — gemo, sentindo uma pontada leve.

   — Doendo como?

   — Sério doutor? Ela está com dor, faça algo logo! — minha mãe se exalta.

Olho para ela e seguro sua mão firme, apenas com um olhar peço para ela se acalmar.

   — Quando começou, veio tão forte que eu me mijei, foi como se eu tivesse levado um chute muito forte ou uma facada. Depois diminuiu para pontadas finas, mas intensas. — respondo respirando fundo.

O Doutor me avalia e anota algumas coisas na prancheta que está em suas mãos. Ele olha para a enfermeira e sai andando, a enfermeira vem para trás de mim, me empurrando na cadeira de rodas seguindo o doutor.
Eva vinha atrás de nós, logo sou colocada dentro de uma sala com ar-condicionado. Vejo que na sala tem uma mesa, computador, e uma maca para pacientes.

O doutor repousa a prancheta na mesa, pega em minhas mãos e diz para eu levantar. Ele me ajuda a sentar na maca, a luz da sua lanterna quase me cega.

   — Me mostre exatamente onde a dor está.

Eu te amo, Keegan.Onde histórias criam vida. Descubra agora