VERSÃO RASCUNHO / RETIRADA PARA REESCRITA EM BREVE
Keegan Fuller, já sentiu na pele como é se sentir no fundo do poço. Aos 16, descobriu que sua mãe estava doente, seu pai que sempre dizia que os amava, os abandonou. O moreno era apenas um adolescen...
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Há seis anos, Outubro 2012.
Faz dias que Keegan está me ignorando, o moreno está me evitando sempre que pode. Ontem quando fui beija-lo ele apenas me deu um selinho e me deixou no sofá sozinha. Eu sabia que isso iria acontecer, sabia que ele iria me deixar. Já chorei silenciosamente dentro do banheiro.
Keegan é jovem e merece ser feliz, merece ter filhos e uma família unida. Ele não terá isso comigo. Não o culpo se ele resolver me deixar, nem todo final é feliz, mas posso afirmar que o tempo que passamos juntos eu fui feliz.
E espero de coração que ele encontre alguém que o faça feliz, porque ele merece.
— Chegou um convite para você. — digo, quando ele entra na cozinha.
Sua costas larga está exposta, Kee tem um corpo de atleta e ele quase nem faz exercícios. Estou sentada no banco encostada no balcão da cozinha marcando meus caças-palavras. E ele apenas balançou a cabeça em afirmação que escutou o que eu disse.
— Onde está? — pergunta, fechando a geladeira em seguida.
— Em cima da mesinha. — o encaro, seu olhar desvia logo dos meus, e sai em busca do envelope.
— É o mesmo convite para ir a Paris em uma exposição de fotos que recebi ano passado.
— A que você desistiu de ir? — o questiono, eu lembro.
Lembro dele me contando que não ia mais por ter outro trabalho no dia seguinte. Eu sabia que ele tinha deixado de ir por mim, naquela época nunca nenhum cara deixou de fazer as coisas por mim, muito menos deixou de ir a Paris por mim. Apenas ele.
Keegan sempre fez tudo por mim.
— Sim. — responde batendo o envelope nos dedos, seus olhos não estão em mim, estão no chão.
Acho que dessa vez ele não irá recusar.
— Você vai?
— Não sei.
— Uhum...
— Vou comprar um leite.
— Tem leite na geladeira. — arqueio a sobrancelha. Ele passa a mão no cabelo, nervoso.
— Irei comprar outro, estou pensando em fazer uma comida aí.
— Que comida?
— O mercado vai fechar. Acho bom ir logo! — caminha a passo largos para o quarto, penso em ir questiona-lo sobre isso. Tenho a certeza que ele está mentindo, mas a vontade súbita de chorar ganha.
Quando ele volta, viro o rosto para a parede para que não visse minhas lágrimas, o moreno passou por mim sem nem me dar um breve beijo e ele sempre faz questão em me beijar antes de sair para qualquer lugar.
