Parte cinco ·

946 180 120
                                    

Atualmente, Janeiro 2019

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Atualmente, Janeiro 2019.

Desço do carro e caminho lentamente até a entrada da antiga casa da Amy. Olho para o balanço que parece está em ótimas condições agora, pesadamente suspiro nervoso, já faz cinco anos que não falo com Eva. Eu já a vi no mercado algumas vezes, mas nunca trocamos nenhuma palavra. A última coisa que gostaria depois de todo esse tempo é ir falar com ela, ter que ver ela é como relembrar ainda mais o sofrimento de Amy, nunca em nenhuma vez ela foi ver a filha.

Eva é uma mulher egoísta e ignorante, quero distância dela, só que se ela estiver escondendo algo como Trevor disse, eu tenho que descobrir.

Finalmente bato na porta. Espero e nada. Insisto mais uma vez, ela não atende, sei que ela está em casa, pois as cortinas estão abertas e ela nunca as deixa aberta quando não está em casa. Lembro disso muito bem quando vinha buscar, Amy. Quando Eva não estava em casa, todas as cortinas ficavam fechadas pois Amy ia para minha casa, então não tinha necessidade para abri-las.

Resolvo dar a volta, irei olhar no jardim. Quando eu a vejo meu corpo todo gela. Minhas mãos começam a tremer e a suar rapidamente, meus olhos se arregalam, tento falar mais nada sai. Nenhum som é emitido por mim. Prendo minha respiração involuntariamente.

O cabelo preto da Amy, o sorriso da Amy e os olhos violeta da Amy.

Há uma menina aparentemente nos seus quatro ou cinco anos no jardim sozinha, ela é a cópia fiel da Amy, da minha doce. Quando eu vejo o sinal em seu braço que está esticado pegando uma rosa, começo a chorar. É um mesmo sinal que eu tenho.

Como isso é possível?!

A menina finalmente percebe minha presença ali e sorrir para mim, retribuo nervoso, meus pensamentos estão a mil e confusos.
Ela se levanta e sai correndo para dentro, tomo iniciativa e vou atrás dela.

Eva me deve uma explicação. Das grandes!

Entro pela porta que a garotinha entrou, a cozinha está vazia e então eu vejo Eva vindo com a pequenina nos braços, quando ela me ver seus orbes só faltam pular e a palidez tomar conta de sua pele.
Ela tenta falar mais nada sai, aponto para a garota e faço uma pergunta silenciosa, Eva apenas começa a chorar ainda mais. A criança em seus braços fica me olhando como se tentasse entender o que estava havendo ali.

   — C-como? — gaguejo confuso e nervoso.

   — Eu.. eu só não consegui. Não a leve de mim... — a ignoro.

Ela iria pagar por isso!

   — Ela é...

Confirma com a cabeça. Caio com o joelhos no chão sem me importar com dor alguma, estou entorpecido, minhas lágrimas descem violentamente em minha face. Não faço questão em segurar meus soluços, Eva chora também, mas ela não sente a minha dor. Se ela sentisse não teria feito isso. Não teria a escondido de mim.

Eu te amo, Keegan.Onde histórias criam vida. Descubra agora