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Há seis anos, Novembro 2012.
Eu havia omitido para ele minha doença por meses e agora estou mentindo. Na consulta que fiz meses atrás, o doutor disse que por eu ter passado muitos anos sem tratamento e sem o devido acompanhamento a doença poderia já está avançada, ele pediu exames e eu preferi não o fazer. Sei que dependendo dos resultados teria que fazer quimioterapia e todos os outros tratamentos, não quero sofrer mais do que sofro.
Estou sendo egoísta com ele. Digo que venho ao hospital para fazer a quimioterapia e na verdade eu venho apenas para conversar com pessoas que passam o mesmo que eu. É errado e egoísta da minha parte. Keegan está sofrendo tanto quanto eu, ele está com medo tanto quanto eu.
Mas eu vi meu pai morrer, assim como ele viu a mãe morrer. Não quero nutrir algo que sei que não tem jeito, acabou para mim. Já me conformei há anos, não iria tentar, eu aceitei isso.
Aceitei morrer.
— Está tudo bem? — pergunta ele, segurando minha mão forte.
Depois de alguns dias trancados dentro de casa, resolvemos sair e espairecer. Estou amando andar um pouco e receber os raios de sol em minha pele pálida.
Estamos a caminho da praça que ele me viu a primeira vez, a praça que passamos horas sentados conversando e olhando para o horizonte. Era nosso ponto de encontro. Era nosso lugar.— Está. Você está comigo.
— Eu te amo, doce.
— Eu te amo mais. Mil zilhões, você sabe disso.
Sua boca se abre em um lindo sorriso maroto. Keegan irradia tanta calmaria, ele costuma dizer que sou eu, mas a verdade é que ele é quem é calmaria. Minha calmaria.
— O banco está vazio, doce. — diz me puxando alegre, parece até uma criança. Sorrio por toda sua empolgação pelo banco da praça está vazio.
— Amor, estamos parecendo duas crianças correndo. — digo rindo, enquanto o vento nos chicoteia por estarmos correndo.
— Nós somos crianças de alma.
Nos sentamos.
— Quero que me prometa que nunca deixará de viver, Keegan. Promete?
— Só se você prometer estar comigo. Promete?
— Eu sempre vou estar com você, amor. Aonde você estiver saiba que vou estar lá. Serei o ar, o sol, a água. — digo beijando seu pescoço, e fico parada só sentindo seu cheiro enquanto o abraço.
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Eu te amo, Keegan.
RomanceVERSÃO RASCUNHO / RETIRADA PARA REESCRITA EM BREVE Keegan Fuller, já sentiu na pele como é se sentir no fundo do poço. Aos 16, descobriu que sua mãe estava doente, seu pai que sempre dizia que os amava, os abandonou. O moreno era apenas um adolescen...