05 - Verdade Ou Consequência

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Point Of Views Dylan O'Connor
Bridgewater, Estados Unidos


Estava jogado na minha cama, depois de chegar do colégio. Minha cabeça viajava, não precisava se esforçar para saber o que me atormentava nos últimos dias... Como eu não percebi ela antes? Como eu não tentei beijar ela durante tantos anos de amizade?

Eu sei, nunca foi nenhum santo com ela, mas nunca senti tanto desejo por ela como sentia agora, justo agora que ela está a milhas de distância, que eu desejo seu corpo ao meu, enquanto escuto seu coração batendo.

Me lembro do nosso beijo, aqueles olhos brilhando antes de tomar a atitude. Como eu queria ter beijado ela novamente aquela noite, deitar abraçando seu corpo e acordar sentindo ela nos meus braços.

Mas agora não adiantava chorar pelo leite derramado, não adiantaria ligar e falar o quanto a queria perto, não somente como melhor amiga. Eu precisava ir para Londres o mais rápido possível, mas o primeiro 'feriado' longo que teria, estava muito longe de acontecer.

Me levanto, me sento em frente ao meu notebook, vejo que a menina que ocupava meus pensamentos estava online. Eu não poderia continuar ignorando ela, sabia que iria machucar ela... Mas se seguir com isso eu também irei destruir a nossa amizade de quase 14 anos.

-Dylan? – escuto a voz da menina me fazendo voltar ao meu mundo, dou um sorriso a olhando.

-Olá! – digo e ela se afasta, consigo ver que ela estava se arrumando, ela estava linda.

-O que acha? – ela pergunta e dá uma voltinha, por um instante sinto o ciúmes possuir meu corpo.

–Aonde você vai? – minha voz sai um pouco mais grave que o normal, não gostei nada de saber que ela estava tão linda, mas longe de mim.

–Vai ter uma espécie de social na casa de um amigo do meu primo, aqui do lado. – ela fala e da um sorriso para mim, apesar de não gostar da ideia, seu sorriso acabou me relaxando.

–Ah sim... Está linda. – digo e não consigo conter um sorriso enquanto eu admirava ela. – Como foi o primeiro dia? – pergunto enquanto ela volta a se sentar próximo ao seu computador.

–Foi interessante, tem uma professora incrível de matemática! Mas biologia... – ela fez uma careta, acabei rindo com aquilo. – Ela passou matéria nova no primeiro dia de aula, sabe o que é isso? Trabalho para você me explicar! – ela diz e eu reviro os olhos.

–Eu sei, quando que você vai encontrar um professor tão maravilhoso quanto eu? – digo me exibindo, ouvindo a deliciosa risada dela.

–Realmente, um ótimo professor. – ela disse e coloca o cabelo para trás da orelha, como ela era linda. –... Não acha? – recupero a consciência e ela estava me olhando como se esperava a resposta.

–Que foi? – pergunto de forma inocente e ela revira os olhos.

–Onde está sua cabeça, O'Connor? – em você.

–Em lugar nenhum, falando em Connor... Cadê nosso filho? – pergunto procurando o ursinho atrás dela.

Ela se levanta e vai até a prateleira, voltando com o ursinho rosa nos braços, pude ver as nossas fotos logo atrás dela, próximo a cama, o que me fez dar um pequeno sorriso. Queria conversar sobre aquele dia, mas quando toquei o assunto ela simplesmente não me respondeu, e isso porque estávamos em ligação.

–Dá oi para o papai, Connor. – ela disse brincando com o ursinho que dá um tchauzinho, me fazendo rir. – Ele está com saudades de você. – consegui entender aquilo de outra forma, me fazendo sorrir.

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