12 - Minha Vez de Partir

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Point of View Lucille Karen Lautner
31 - Out, Inglaterra

Assim que me afastei do casal fui caminhando entre as pessoas até a mesa onde havia alguns petiscos e um jarro com ponche, logo peguei um copo e fui enchê-lo com o líquido vermelho, sentindo alguns olhares sobre mim.

Vou andando para o centro da pista de dança e começo a dançar sozinha, logo aparece um garoto e me acompanha, era até bonitinho, com cabelos coloridos em um tom indecifrável, por conta da luz fraca, e olhos escuros.

Assim que escutamos uma briga eu vou logo na direção, vendo dois meninos um tanto familiares, assim que Emilly aparece e tenta afastar logo imagino quem poderiam ser eles. A diretora surge pouco tempo depois e leva todos, tento segui-los, mas a multidão não deixa.

Acabo que deixo de lado, uma hora eles teriam que me procurar, certo? E qualquer coisa a Emilly sabe meu número, ela não me deixaria aqui.

Volto a dançar junto com as outras pessoas assim que o assunto morreu, sinto um garoto chegar por trás de mim e agarrar minha cintura, me viro e dou um sorriso debochado.

-Se olha com os olhos garotão, não com as mãos. – digo e dou uma piscadinha para ele, saindo de perto ao começar a andar.

Sinto a mão dele agarrar o meu braço e um sorriso surgir em seus lábios, seguidos de sua voz baixa e rouca.

-Qual é gatinha, é só uma dança! – ele diz e tenta me puxar novamente, mas puxo meu braço e consigo me soltar, fazendo o sorriso dele sumir. -Que foi, cara? Vou te estuprar não, a não ser que você peça.

-Você é ridículo! – falo e tento me afastar, mas ao mesmo tempo ele me agarra novamente, me puxando pela cintura.

-Vai dizer que tem namorado? Se ele for forte aguenta uns beijinhos. – ele fala fazendo força para me puxar, mesmo que eu tentasse me afastar.

-Na verdade ela tem sim, pode soltar? – escuto uma terceira voz de longe, eu fico em dúvida, mas agradecendo mentalmente pelo possível engano do menino. – Falei grego? Solta ela, agora! – o moreno me solta e eu vou para perto do loiro que apareceu. – Agora vaza, ou vou comunicar a diretora. – ele disse sério, passando a mão pela minha cintura, mas assim que o outro garoto sai ele me solta. -Desculpa por isso.

-Obrigada! Não precisa se desculpar. – digo e me afasto do menino, observo seus cabelos um tanto compridos, como se tivesse se esquecido de cortar, no tom loiro, seus olhos claros se sobressaindo e seu rosto que parecia de um anjo da guarda, mesmo que a máscara cobrisse parte do rosto. – Nunca achei que ficaria feliz em falar com um estranho.

-Não sou um estranho, Lucy. – o garoto tira a máscara e eu reconheço de algumas fotos da Emilly. – Ou, pelo menos, você não tão estranha assim para mim. Mas é um prazer te conhecer pessoalmente. – ele dá um sorriso e meu coração se acelera. Que porra de garoto lindo!

-Ah sim... Você é o Liam, ou o Austin? – pergunto em dúvida o olhando, mas sabia quem ele era, sabia muito bem. Emilly havia se aproximado dele uma vez e postou algumas fotos, o interesse foi automático.

-Liam, Austin acabou se ir para a direção com sua amiga. – ele diz e ajeita os cabelos que haviam bagunçado depois que ele tirou sua máscara. – Bem... quer dançar? – ele pergunta ao ver que éramos os únicos parados no meio da pista de dança. – Ou podemos sentar e conversar.

-Não... Dançar está bom, não quero ficar parada. – digo e ele me olha dando novamente seu sorriso.

-Posso colocar minha máscara? – ele pergunta e eu afirmo.

Estrela CadenteOnde histórias criam vida. Descubra agora