14 - Problemas de Família

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Novamente estava naquele mesmo saguão, agora sozinha, esperando Dylan e sua família. Estava próximo ao portão de desembarque, aguardando a todo momento qualquer passageiro daquele voo sair, logo vejo uma pequena correndo em minha direção, bem antes de qualquer outro passageiro.

-Minha princesa! – digo a pegando no colo e a mesma estava com um desenho nas mãos. – Isso é pra mim? – digo como se estivesse surpresa, ela afirma e me amostra.

O desenho era eu, Dylan e ela, com uma casinha no fundo, mas lá em cima tinha um avião desenhado.

-E esse avião aqui? – pergunto apontando com a cabeça para o desenho.

-É 'putê, 'ocê e o Dy vão 'moa longe. – ela disse e abaixa a cabeça, fazendo um biquinho muito fofo.

-Mas não vamos mesmo, depois que a gente se forma, vamos nos mudar para o lado da sua casa e você vai dormir comigo todo dia. – digo sorrindo para ela e o biquinho dela some, dando lugar a um sorriso.

-E onde eu vou entrar nisso? – escuto a voz do menino e eu o olho, dando um sorriso bobo e ele se aproxima me roubando um selinho calma. – Saudades de você, minha princesa. – ele diz e eu mordo suavemente meu lábio inferior.

-Também, meu princeso. – digo brincando e lhe dou outro selinho.

-Desguda. – a menina reclama e se enfia no meio de nos dois e me abraça, dou uma risada e a ajeito no meu colo, a apertando. – Ea é minha. – a garota disse e eu afirmo.

-Ouviu né? Eu sou dela! – brinco e ele me olha como se me desafiasse.

-Vamos ver até quando. – ele disse e deu uma risada, sua mãe já chegou o olhando feio, possivelmente ele que estava como responsável da menina antes dela sair correndo, encolhi um pouco os ombros e ajeitei minha princesa em meus braços.

Ela já tinha seus 5 anos, e seu tamanho não ajudava em mantê-la nos braços, Dylan conseguia por conta da academia, agora eu? Sedentária de carteira assinada? Não aguentaria muito tempo, e Dylan sabia disso, por isso me olhava divertido.

-Feliz natal, minha nora. – brincou a mãe de Dylan e me abraçou, quase que ignorando sua filha em meus braços. – Larga a Emilly, filha. – ela nega e eu dou uma risada, mas sua mãe a tira do meu colo e recebe um olhar de alivio como resposta, pelo menos de minha parte. – Dylan não tira essa menina do colo, ai ela acha que todo mundo aguenta. – a mesma explica e eu olho para Dylan bem feio, o mesmo da apenas um sorriso como se não fosse nada de errado ou ruim.

-Olha quem saiu da base! – digo e aperto o pai de Dylan em um abraço, fiquei extremamente surpresa de o ver ali, mas muito feliz, por saber o quão bem a presença do pai fazia com Dylan.

-Uma hora eu teria que conhecer minha nora, não acha? – olho para o Dylan e o mesmo faz cara de: "eu não pedi por isso."

-Como se já não conhecesse.

-Mas, nada mais justo que uma apresentação formal, não é mesmo? – ele segura minha mão e dá um beijo sobre minha aliança. – Querida nora, obrigado por fazer esse pirralho tão feliz. – não aguentei e comecei a rir daquilo, sem dúvidas, o meu pai e do Dylan eram os melhores do universo!

-Está deixando minha pequena envergonhada, pai. – Dylan diz colocando a mão em meu ombro e fazendo uma pequena massagem. – O que acha de irmos? É a minha vez de conhecer minha sogra. – ele diz fazendo uma careta e eu dou uma risada, me virando para ele e ficando na ponta dos pés para lhe dar um selinho nos lábios. – Será que ela vai se importar de me ver agarrando a princesinha dela? – o menino diz baixo, contra meus lábios e me dá um selinho. – Hum? – ele faz um som, como se pedisse minha resposta.

Estrela CadenteOnde histórias criam vida. Descubra agora