06 - Sentimentos

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Hoje completava um mês, exato, que havia embarcado para Londres. Um mês que conversava todos os dias com Dylan, um mês que nos tornou quase mais próximos que antes. Sempre estava falando com ele, quando acordava até a hora de dormir, meu pai já até tentou entender o motivo, mas eu simplesmente não queria aceitar me afastar do moreno.

Mas isso não foi algo que mudou tanto quanto os meus amigos mais "próximos", Austin havia se afastado, agora Liam quase que ocupava seu lugar de companheiro das turmas, principalmente por nosso quadro de horários serem igual e também por Lucy, que pela primeira vez estava caidinha por alguém.

Falando na Lucy ela estaria vindo ao final do mês, talvez Dylan também venha e eu estou com um grande frio na barriga por isso. As nossas conversas estavam cada vez mais focadas em sentimentos, mesmo que não façamos comentários sobre os nossos, era tudo acerca disso.

Soube que se mudou uma menina para a minha casa, Dylan estava muito próximo a ela e isso me irritava profundamente, principalmente alguns comentários que ele soltava algumas vezes, mas tinha quase certeza que ele estava apenas me provocando. Principalmente depois que ele soltava um "você deveria aprender a controlar seus ciúmes", claro que eu não deixava por isso e também começava a falar de algum garoto, mesmo que inventado.

Ontem havia sido o aniversário da minha bebê, comprei o presente dela pela internet e pedi para Dylan entregar e gravar a sua reação, mas me partiu o coração foi ela falar que não queria aquilo, queria que eu voltasse para lá. Tive que prometer umas mil vezes que logo estaria de volta para ela controlar o choro, desde então não havia falado com Dylan.

Eu precisava colocar aquilo que se passava em minha mente em ordem, os sentimentos e as coisas que havia descoberto. Uma delas foi uma das histórias da minha mãe e que, possivelmente, ela estivesse aqui em Londres também, mas desejava que não.

Outra coisa foi a volta de Austin com a menina que me perturbou no primeiro dia, não que eu me importasse com isso, mas agora a garota, que achava que aconteceu algo entre eu e o Austin, fazia qualquer coisa para me perturbar por ter seu 'Austinho' de volta em seus braços, como se isso fosse realmente algo interessante para se espalhar, já que todos sabiam que ele continuava a ficar com todas as garotas.

As provas ainda estavam longe, mas a próxima semana, depois dessa, pareceu coroada pelos professores, já que na maior parte dos dias eu teria pelo menos dois trabalhos para entregar, todos estavam feitos e guardados... Não posso mentir e dizer que não abusei um pouco do meu melhor amigo, fazendo drama dizendo que queria conversar mais com ele, mas os trabalhos não deixavam, acabou que estamos compartilhando nossas matérias de forma livre, e pouca era a diferença entre elas.

Esse primeiro mês, na escola, foi algo muito bom. Diria até que estava aproveitando bem meu ultimo ano escolar, participei de mais festas que em toda minha vida, fiz muitos colegas e sou até "famosinha", principalmente porque eu ando com quase todos os grupos, desde os atletas e cheerleaders até algumas pessoas que não tinha tantos amigos assim.

Até que a Inglaterra não me parecia tão ruim quanto algumas semanas atrás, mas ainda não tinha meus melhores amigos ali. Mas sei que não posso ter tudo, pelo menos por enquanto.

Escuto meu celular tocar, me chamando para a Terra novamente; pego o mesmo e vejo uma chamada do Dylan, por vídeo. Me ajeito na cama, já que estava de quase ponta cabeça, e aceito a ligação, vendo o menino com um grande sorriso.

-Olha a minha coisa mais linda da vida. – ele me cumprimenta dessa forma, atraindo um olhar curioso da minha parte.

–Que droga você fumou? Ou melhor, o que colocaram no seu vinho e por que está bebendo essa hora da manhã? – já se passava das três da tarde em Londres, mas onde morávamos deveria ser oito da manhã, o que tornava ainda mais estranho.

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