Seis jovens perdidos em um mundo desconhecido dominado pelo mau.
Será que conseguirão voltar para casa?
Essa é a história que não lhe contaram.
Acompanhe essa aventura e descubram o que o Mestre dos magos separou para seus pupilos.
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Sheila sabia que aquilo não estava correto. A ausência de Presto no grupo os tornava de alguma forma, incompletos. Chegaram todos juntos a esse mundo estanho, logo, o mais certo é saírem todos juntos. Entretanto, lá estava ele sozinho enquanto todo o resto estava prestes a voltar pra casa. Isso definitivamente não lhe parecia correto.
A noite já se instaurara no céu quando finalmente chegaram aos portões de Helix. Enormes muralhas rodeavam a cidade, mas o portão principal estava aberto como um convite aos forasteiros.
Não tiveram maiores problemas para entrar e se surpreenderam com a hospitalidade daquele povo. Música alta tocava por toda a cidade em festa. Pessoas de todo tipo passavam por eles com grandes sorrisos e acenos de boas vindas e o cheiro de comida impregnava o ar fazendo-os torcer por uma boa refeição.
Não demoraram muito para encontrar a praça central que estava apinhada de gente. Diversas barracas se espalhavam por todo lado vendendo todo tipo de coisa, desde diferentes tipos de comidas, como também inúmeros artefatos coloridos e de beleza singular. Não tardou para que eles se misturassem a multidão, comendo, dançando e rindo dos bobos que divertiam o público.
Um grupo de músicos embalavam a multidão. A praça era música, risadas e pessoas dançando por todos os lados.
Em algum momento da noite, Sheila viu Hank conversando com um homenzinho pequeno dono de uma volumosa barba ruiva, pensou em ir até ele e puxá-lo para dançar, mas um cheiro delicioso lhe atingiu em cheio e ela foi guiada até uma barraca que distribuía uns quitutes um tanto exóticos, mas que cheiravam como o paraíso. Ao se aproximar da barraca ela percebeu Bobby e Eric comendo o máximo que suas bocas eram capazes de engolir. Não pode impedir o riso diante da cena. Quando pegou um pouco da comida e agradeceu a bela moça que a servia, sentiu os braços fortes a puxando. Por um momento pensou se tratar de Hank, mas era Diana mergulhada em euforia e banhada de suor de tanto dançar.
– Vamos Sheila! – Convidou. – Vamos dançar! – E então sussurrou em seu ouvido. – Você já viu quantos gatinhos essa cidade tem? E parece que eles têm muito interesse pelas forasteiras. – E então começou a rir.
Sheila começou a rir também ao notar o tanto de rapazes que as observavam interessados. Dando de ombros, Sheila deixou-se levar por Diana que a guiou até o meio da multidão e então começaram a dançar, entregando-se completamente a música que soava numa batida animada. Tão logo, vários rapazes as cercavam e ela notou como Diana se insinuava para eles. Um jovem de cabelos negros e olhos dissimulados estendeu a mão para Sheila, convidando-a para uma dança, ela segurou a mão do rapaz um pouco sem graça.
O jovem segurou seus quadris e a guiou no ritmo da canção que acabara de mudar. Dançaram por duas músicas seguidas e Sheila não pode negar quão bom dançarino ele era. Ele sorria o tempo todo e vez ou outra insinuava o desejo de um beijo. Sheila por sua vez, observava de canto de olho Hank que ainda estava na companhia do homenzinho ruivo, mas agora não parecia lhe dar ouvidos. Ele a encarava, estudando seus movimentos e fazendo cara feia diante as investidas do jovem estranho.
Não pôde deixar de se sentir satisfeita pelo efeito que estava causando em Hank quando o jovem a virou de costas e ela ficou cara a cara com um alto obelisco negro que subia em direção ao céu e abrigava em sua extremidade um pequeno orbe que brilhava em diferentes tons.
Então ela voltou à realidade e se lembrou do por que estava ali em Helix. Virando-se para o jovem dançarino, Sheila agradeceu a companhia e desculpou-se pela desfeita. Em seguida o largou em meio à multidão e seguiu na direção de uma Diana que estava agarrada no pescoço de um musculoso rapaz. Sheila riu da cena, mas agarrou o braço da amiga e a puxou de canto, ouvindo ambos reclamar.
– Espero que você tenha uma ótima desculpa para interromper isso! – Reclamou a amiga.
– Diana, o que viemos fazer em Helix?
– Hum... nos divertir um pouco? – Respondeu lançando um olhar lascivo em direção ao rapaz musculoso que a encarava como um lobo.
– Errado! – Repreendeu Sheila rindo da amiga. – Viemos encontrar um meio de voltar para casa, lembra?
– Ah, claro! Isso também! – Disse a amiga, recuperando o foco. – Alguma ideia de onde está o tal orbe de sei-lá-o-quê?
Sheila virou a amiga para que ela ficasse de frente para o obelisco e apontou para seu topo. Diana encarou o orbe no alto que jazia completamente negro como uma ônix e então se virou para Sheila.
– Como a gente vai pegar aquilo? Está tipo, há uns quatro metros de altura!
– E tem toda essa gente aqui. – Disse Sheila indicando as pessoas que as cercavam. – Vai ser praticamente impossível destruir essa coisa. Quer dizer, vão matar a gente!
Diana se concentrou no problema, estudando o ambiente em que estavam. Ao longe, Sheila podia ver Bobby e Eric ainda na barraca de comida, empanturrando-se, e então a amiga segurou sua mão.
– Bom, não vai ter outro jeito. – Disse Diana. – Vamos arranjar um problema, mas, com sorte, estaremos em casa antes das coisas piorarem pra nós. – Então começou a andar em direção ao obelisco, arrastando a Sheila consigo. – Você se lembra do encantamento de Merlin?
– Sim. – Sheila respondeu, com medo do que viria a seguir.
Ao alcançarem o monumento, Diana apanhou seu báculo e o pressionou, fazendo-o aumentar até atingir todo seu tamanho.
– É agora. – Disse. – Prepare-se para entoar o encantamento.
Antes que Sheila pudesse falar algo, Diana mirou o pequeno artefato que brilhava lá no alto e arremessou seu bastão com toda sua força. Elas ouviram um "NÃOOOOO!" se sobressaindo em meio a música alta, quando se viraram viram Hank correndo em sua direção, mas já era tarde demais.
Assim que o bastão mágico atingiu o orbe, oinferno abriu ao meio.
CONTINUA...
***Gostaria de me desculpar pela demora em postar os capítulos, minha vida está uma correria agora, mas eu prometo postar pelo menos um capítulo por semana, ainda que eu farei o possível para postar dois.
Em todo caso espero que estejam gostando do rumo que a história está tomando. Peço que comentem, pois é de grande ajuda ver que existem leitores que acompanham tudo isso que é escrito com tanto carinho. Votem e compartilhem também para que essa história possa continuar a ser contada.
