A noite sem amanhã - Capítulo IV

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Assim que a festa começou a engrenar, Hank se afastou um pouco e sentou-se em um pequeno banco ao extremo das barracas de comida. No caminho pegou algo para comer e então ficou ali observando o movimento. Pouco depois um sujeitinho pequeno com uma espessa barba ruiva se juntou a ele. Era um sujeito agradável e de bom papo, Hank logo percebeu. Não tardou até aquela conversa enveredar pelo passado obscuro de Helix e o homenzinho, que mais tarde se apresentou como prefeito da cidade, lhe repetiu toda a história que Hank ouvira mais cedo.

– O importante – Concluiu o homenzinho. – É que desde a volta de Merlin, a paz em Helix prospera e todo ano comemoramos essa liberdade. Não lhe parece justo, meu caro?

– Oh, claro senhor. – Disse Hank. – Um bom sujeito esse Merlin, não? – O homenzinho anuiu com a cabeça enquanto retirava um cachimbo de dentro de um dos bolsos. – Foi ótimo encontra-lo a caminho daqui. O senhor não imagina como ele nos foi de grande ajuda. Quero dizer, sem ele não saberíamos como voltar para casa.

O homenzinho o olhou intrigado.

– Do que você está falando, rapaz?

– De Merlin, senhor. – Hank explicou. – Foi ele quem nos deu a dica de Helix.

– Ora, mas isso é impossível. – Disse ele cuspindo uma rala nuvem de fumaça. Mas Hank já não prestava mais atenção nele.

Naquele momento, Hank viu um rapaz qualquer se aproximar de Sheila e convidá-la para dançar. Um instante depois estavam ambos agarrados rodando pela praça. Hank pensou em ir até lá e arrancar o sorrisinho da cara daquele sujeito, quando ele virou Sheila de costas e a segurou pela cintura. Ele se levantou pronto para ir até lá quando o prefeito bateu em seu braço, chamando sua atenção. Hank o encarou confuso, esquecendo por um momento que ele estava ali.

– Você ouviu o que acabei de dizer, meu jovem? – Perguntou o homenzinho.

– Ahn, desculpe senhor, eu me distraí. – Disse Hank, lançando um olhar em direção ao casalzinho que dançava.

– Eu falei que é impossível vocês terem encontrado Merlin. – Repetiu o prefeito. – Porque Merlin morreu há uns cem anos.

Aquilo chamou a atenção de Hank.

– O que disse? – Perguntou confuso.

– Eu disse que há mais de cem anos que Merlin não vive mais. – Explicou o homenzinho, afagando a barba ruiva e tragando o cachimbo novamente.

– Ora, mas não pode ser verdade. – Disse Hank. – Estivemos com ele em seu castelo ainda essa tarde.

– Impossível. – Retrucou. – Com certeza vocês se enganaram ou então foram enganados.

– Ora, mas se não era Merlin, quem ele era?

– Não saberia dizer. – Respondeu o homenzinho. – O que ele queria com vocês?

Caverna do Dragão - Entre MundosWhere stories live. Discover now