O poder do Alfa

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O jovem alfa e seu amor proibido


Era noite de lua e Dalila estava inquieta:

-Amor, você precisa mesmo sair hoje?

-Sim, tenho que me reunir com o xamã da outra vila, buscar a cura para esse seu problema.

-Meu problema não, nosso problema querido.

-O xamã falou que você praticou muitas coisas erradas, pode me explicar?

-Como vou saber o que é errado para sua cultura? Eu sou cigana, não há nada que eu não possa fazer.

-Sua cultura aceita matar inocentes?

-Ninguém é inocente.

-Nem mesmo os filhos que gerou?

-Você está me acusando exatamente de que?

-Não estou acusando, mas parece que eu sou o único que não sabe quem é minha própria esposa.

-Você prefere acreditar num velho louco a minha palavra?

-O velho louco salvou toda essa vila, inclusive a mim, várias vezes.

-E por isso ele pode mentir a meu respeito, a sua Alfa?

-O que não entendes Dalila, é que EU SOU O ALFA, você não é nada.

Jitrinin sai da cabana, a luz do luar lhe atingi e ele uiva alto, se contorcendo, olhando fixamente para a esposa parada a porta com as mãos na boca, assistindo sua transformação pela primeira vez.

Jitrinin arranhava o chão com as mãos, emitia gritos guturais, logo seus olhos mudaram de cor, sua pele parecia derreter enquanto emergia um pelo escuro e dentes enormes saltaram em sua boca, enquanto uivava.

Dalila estremeceu, sentiu sua ira, daquele que julgava ter controlado, seu corpo não obedecia, enquanto Jitrinin aproximava de si rosnando e babando, ela tentava se mover, mas era inútil, foi quando num segundo ele arranhou a porta bem ao lado de seu rosto e saiu correndo para a floresta.

Era manhã quando Jitrinin acordou a beira do lago, já se passara uns 10 anos desde o dia que pedira Isa em casamento naquele mesmo lugar, sentia uma brisa passar, ao longe ouvia o som da risada dela e por um momento sentiu seu perfume no ar.

-Onde você esta?

O jovem alfa e seu amor proibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora