O jovem alfa e seu amor proibido
Soraya abraça a filha amarrada e chora diante dos olhares piedosos dos aldeões, que durante os poucos anos de convivência aprenderam a amá-la como igual.
-Conte a verdade querida, diga que foi usada por esse rapaz, nosso alfa é um bom líder ele irá lhe perdoar.
Dalila olha a mãe e desdenha.
-Usada, eu? Não sou uma fraca como tu, que se deitou com um qualquer sendo prometida do líder de seu povo.
Soraya se afasta em choque de ouvir algo tão medonho de sua filhinha.
-Dalila, tu não podes falar assim de seu pai e de mim.
-Falo como eu quiser.
-Dalila, filha, como?
Soraya é amparada por Havien que se aproxima levando-a de volta ao lugar.
-Você me criou como uma fracassada, obrigando a aceitar o que a vida me oferecia, enquanto eu sempre queria mais, você se conformava. Eu queria saber quem era meu pai, pois pensei que estivesse bem de vida, que liderasse alguma aldeia ou tribo, que fosse um rei, mas chegando aqui eu notei quem era quem. Por isso fiz de tudo para aproximar do alfa. Twuin nunca me usou em nada, nós nos aliamos para destruir Jitrinin, esse fraco, sempre acreditou na minha bondade, na minha ingenuidade e se desconfiasse de algo, bastava sorri e jogar meu cabelo.
-Cala a boca Dalila, vai entregar tudo assim.
-Estou cansada Twuin, não vê que já não faz diferença? Estamos condenados.
-Eu morro, mas não conto nada.
-Vocês irão falar de um jeito ou de outro irão nos contar o que fizeram a mim e a Isa.
Os aldeões olham surpresos para o líder e os jovens amarrados.
-Isa, aquela francesinha idiota.
-Dalila, cuidado com sua boca senão.
-Senão o que? Vai me matar? Pois mate e nunca saberá de nada.
-Você vai mesmo falar tudo não vai Dalila, não sabe ficar quieta agora que seu orgulho está ferido, típico de mulher. Diz Twuin
-Confesse e sua pena será menor.
-Pena? Você acha que eu quero sua piedade Jitrinin? Eu queria o poder de ser você, um alfa, liderando a vila ao progresso eu seria lembrado como aquele que colocou esse povo no mundo. Ao invés disso você apenas se importou em promover disputas e divisões, obrigando-nos a engolir uma francesa como alfa e tolerar suas vontades.
-Ixa era a escolhida. Intervém o Xamã.
-Tu és um débil, como uma bruxa poderia ser alfa de um lobo?
- O amor tem seus mistérios, Ixa foi feita para Jitrinin e somente unidos poderão ser felizes.
-Dalila e Twuin, confessem seus crimes e receberão clemencia, mas se nada contarem serão condenados a pena máxima de nossa vila.
Ouve-se um suspiro coletivo e Soraya irrompe em choro.
-Vocês terão até amanha de manhã, todos estão dispensados, fiquem apenas os guardas vigiando esses dois.
Os aldeãos se recolhem, Jitrinin se aproxima de Dalila como ultimo recurso de obter alguma informação:
-Você sabe qual é a nossa punição máxima?
-Exílio?
Desdenha a moça
-Não, morte por ataque de lobos.
Twuin apenas olha o espanto de Dalila e assente.
-Vocês não teriam essa coragem, não com uma dama.
-Você é uma assassina infiel Dalila, traiu mais que a mim, você matou as esperanças de meu povo quando me afastou da minha prometida.
-Eu não acredito nesse conto de fadas.
-Mas é a minha cultura, meu povo acredita e por isso você nunca será perdoada, eu imploro Dalila, se algum dia me amou de verdade, conte-me o que fez com Isa, eu terei piedade, apenas conte tudo.
Dalila chora e grita com ódio.
-Jamais, eu prefiro morrer a te contar qual navio a embarcamos. Vocês nunca vão se encontrar novamente, se não serei a alfa, nunca a terás.
Jitrinin se afasta balançando a cabeça.
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O jovem alfa e seu amor proibido
FantasyUma tradição, uma vila, um povo, um jovem líder e uma menina perdida. O que será que acontecerá? OBRA REGISTRADA /DIREITOS RESERVADOS A AUTORA