Capitulo 20

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Sem revisão.

A Juíza passou a mão no cabelo da filha e com os olhos cerrados análisou pela quinta vez se o seu uniforme estava em condições.

-O que é proibido boneca?

Silvia respirou fundo.

-Chutar o joelho da professora...-Respondeu a menina com cara de tedio.

-E o que mais?

-Não ser educada, tenho que sorrir aceitar, mesmo que ela esteja a mentir os colegas burros. Mesmo que ela não saiba dar aula, temos que aceitar porque ela é adulta.

-Silvia...!

-Ah mamãe ela errou o calcúlo de matemática. Eu disse que ela estava errada e ela me meteu de castigo. Ela...

-Sim. Filha eu ja vi o video da aula e sim ela errou mas ela é adulta, não poderias humilha-la no meio de todos como você fez, este trabalho é o seu ganha pão, e os seres humanos estão sujeitos a cometerem erros. Foi errado da parte dela ter te metido de castigo em vez de reconhecer o erro dela e agradecer-te, mas você também não foi humilde em chama-la de burra em frente a turma toda.- Discursou a juíza.- Eu ja falei com a directora. E ela garantiu-me que ela é uma boa pedagoga, este colégio é prestigiado e o ensino é excelente. Ela garantiu-me que a tua professora so não está nos seus melhores dias, seu pai morreu e o noivo abandonou-a recentemente, e ela está muito distraida, então pega leve com ela filha, ela vai melhorar. Por favor...

-Tá bom mamãe...

-Agora beijo.- Silvia deixou um beijo na bochecha da Juíza e lhe deu um abraço apertado.- Te amo. Boas aulas.- beijou sua testa.

-Tchau mãe. Te amo.

Ágata viu sua filha entrar na sala de aula, e acenou para ela, quando ela ja não estava no seu campo de visão, pegou a mão da outra filha e caminhou com ela até a sua sala.

-Eletricidade o que é proibido?

Ima riu gostosamente enquanto saltitava, os comprimidos para hiperatividade que ela tomava ainda não estava fazendo o efeito está hora de manhã e ela estava ali, toda eletrica.

-Puxar o cabelo da colega e socar o estomago do grandão.- Riu ela achando graça enquanto pensava no seu colega de turma.

As filhas da juíza tinham um grande senso de justiça, consideravam-se as justiceiras, não conseguiam ver algo errado, caiam longo matando, não importa se for em ações ou palavras, entravam sempre em confrontos com os outros.

-Mamãe o que eu faço é legitima defesa.- Justificou ela parando na sua porta, Ágata baixou para ficar da sua altura. Arrumou o seu uniforme e o cabelo que ja crescia.

-O que é legitima defesa?- Ágata perguntou, as vezes arrependia-se por ter ensinado leis as filhas ainda muito novas.

-Legitima defesa é o acto que afasta uma agressão inlicita, atual ou eminente contra a pessoa ou agente ou de terceiro, quando não seja possivel recorrer a autoridade publica.-Disse a menina toda cheia de pompa.

-Mas para ti é sempre possivel recorrer a um dos seguranças.

-Mas esse garoto merece apanhar mamãe ele fica a puxar o cabelo das meninas, e rabisca nos nossos cadernos. Eu so defendo os terceiros.

-Filha...

-A mamãe é quem ensinou, e ainda disse que desde que o prejuizo causado não seja superior aquele que se pretende evitar. Então eu não lhe causo tanto dano assim. Na lei.
Adimita-se que se ele pretende puxar o cabelo de uma colega mais outrem da-lhe com uma cadeira nas costas o imobilisando é legitima defesa mamãe.

A Juíza Onde histórias criam vida. Descubra agora