Australian Love Affair 1 - Acabada

Capítulo 8 - Luke

Capítulo 8 - Luke

#Stephanie On#

         Decidimos ver a série “How I Met Your Mother”, uma das preferidas de Luke. Fora ele que dera a ideia. Era uma série bastante engraçada e divertida e era tudo o que preciso neste momento, rir-me, descontrair-me e divertir-me, para não pensar…Pára Stephanie! Não penses nesse assunto.

         Olhei para Luke e sorri-lhe e ele sorri-me de volta. Ele coloca o seu braço por cima dos meus ombros e eu deixo pousar a minha cabeça no seu ombro. E assim estávamos sentados no sofá, a ver “How I Met Your Mother”. Acabamos por adormecer e eu voltei a sonhar com Luke! Que raio! Porquê é que nestes últimos dias tenho vindo a sonhar com ele? Já não percebo o meu subconsciente!

*Dia seguinte*

         Acordo continuando de olhos fechados e senti algo pesado em cima de mim. Abro os meus olhos por fim ainda não acostumados à luz que se instala na …COZINHA?????!!!!  Porquê raio eu estou na cozinha, deitada no sofá? Tento levantar-me, mas algo pesado continua em cima de mim, olho para o meu corpo e reparo que Luke está a dormir em cima de mim, com a sua cabeça em cima da minha barriga e com os seus braços à volta da mesma.

          Que fofo! – o meu subconsciente adiciona.

         Realmente ele era muito fofo a dormir, principalmente em cima da minha barriga. Faço festas no seu cabelo e a sua cabeça mexe-se um pouco.

         - Luke. – eu chamo-o com uma voz muito suave e doce. Nem sei porque falei assim. Não é meu costume falar numa voz tão meiga.

         Ele começa a mexer-se e finalmente os seus olhos azuis encontram os meus castanhos. Ele dá um sorriso ensonado e juro que foi o sorriso mais lindo que já vi na minha vida.

         - Onde estamos? – ele pergunta-me, voltando a por a sua cabeça em cima da minha barriga.

         - Estamos no sofá da tua cozinha.

         - O quê? – ele surpreende-se. – Então devemos ter adormecido.

         - Pois. – eu dou um pequeno sorriso.

         - A tua barriga é fofa. Podemos começar a dormir sempre assim! – ele sorri na minha barriga. – Podemos, não podemos? – ele levanta o seu rosto e faz beicinho.

         - Por mim tudo bem. – eu concordo.

         - Yei! – ele atira-se para cima de mim e os nossos lábios ficam a centímetros de beijarem-se. Ele aproxima-se e…

         - O que estais a fazer? – uma voz grossa ouve-se por toda a cozinha.

         Atrapalhamo-nos e caímos abaixo do sofá, mas desta vez eu fico por cima. Ele põe um pouco do meu cabelo atrás da minha orelha e apoiado num dos seus braços e com o outro braço na minha orelha, ele aproxima a sua cara da minha e eu faço o mesmo e quando os nossos lábios ficam a milímetros de beijarmo-nos, um cão salta para cima do sofá e ladra para nós. Eu até gostava de saber como seria beijar alguém com um piercing! Embora que ele seja só meu amigo.

Levantamo-nos como se nada tivesse acontecido e eu faço umas festas naquele cão.

- O que é que a Molly faz aqui? – Luke pergunta ao pai.

- Vai ver lá fora. – ele responde.

Luke corre para o alpendre e eu sigo-o. Vimos um carro estacionado ao lado da casa. Luke desce as pequenas escadas do alpendre e abraça-se a um rapaz dos vinte e tal anos. Este vinha acompanhado por uma mulher também na casa dos 20 e por duas crianças pequenas.

As duas crianças abraçam-se às pernas de Luke, gritando “Olá, tio Luke!”

Tio? Deve ser um dos irmãos dele! Ele disse que era tio e que tinha dois irmãos mais velhos.

Desço as escadas do alpendre e dirijo-me até Luke. As duas crianças agarram-se às minhas pernas, tal como fizeram a Luke.

- És a namorada do Luke? – a criança mais velha pergunta-me.

- Eu? N-não…somos só amigos. – digo corando.

- Oh! – ela amua. -  Tu és bonita para o tio. – a criança insiste no assunto.

- Ser bonito não chega. É preciso também gostar dessa pessoa.

- E tu não gostas do tio Luke? – ela pergunta-me confusa.

- …Ah…sim eu gosto. – acabo por responder. Luke olha para mim confuso e eu apenas dou um escolher de ombros e um sorriso tímido.

- O Luke tem namorada! O Luke tem namorada! – a menina cantarola dirigindo-se para a casa do Luke, julgo eu, para visitar os avós.

- Olá, Luke! – a mulher do irmão de Luke (julgo eu) cumprimenta Luke.

- Olá, Jessica! – ele cumprimenta-a, abraçando-a.

- Não sabia que tinhas namorada! – ela mostra-se surpreendida.

- Nós…não somos namorados.

- Oh! Eu achava que vocês ficavam mesmo fofinhos. Quem sabe, um dia!

- É, quem sabe! – eu acabo a conversa. Ajudo nas malas e vamos todos para dentro. Todos nos apresentamos. Acabei por saber que a menina que achava que eu era namorada do Luke se chamava Tiffany e tinha cinco anos. O menino chamava-se Josh e tinha dois anos.

*Ao almoço*

         …

         - Então a Molly já pode vir para casa, certo? – Luke pergunta a Jessica que era veterinária e tinha levado a Molly (cadela do Luke) para o consultório dela no centro de Sydney para poder examinar o bichinho.

         - Sim. Ela está muito bem. Devia ter sido só uma pequena indisposição. – ela responde.

         - Ainda bem. Só de pensar que poderia pedir a minha linda! – ele suspira de alívio e dá umas festinhas na cabeça de Molly.

         Nos momentos seguintes, Molly começou a andar à volta de mim. Pelo o que Luke dizia, Molly era uma cadela muito esperta e entendia muito bem o que os humanos sentiam em relação aos outros.

         Molly que se conseguia equilibrar apenas com as patas traseiras, apoia as suas patas dianteiras nas minhas pernas. Era uma cadela majestosa e via-se que recebia muito amor e carinho. Molly pega na minha mão e pega na de Luke com a outra pata, juntando-as. As minhas mãos quentes entram em contato com as mãos frias de Luke. Molly parece sorrir quando Luke entrelaça os nossos dedos.

         - Acho que ela quer nos ver juntos. – ele sussurra ao meu ouvido. Confesso que arrepiei-me com a voz de Luke e aposto que fiquei corada, sentia as minhas bochechas a ficar cada vez mais quentes. A sua voz um pouco rouca mas bastante sexy conseguia dar-me a volta à cabeça.

         O dia passou. Luke e eu tínhamos estado quase sempre de mãos dadas. Confesso que me sentia bem ao pé dele. Será que estou mesmo a começar a gostar dele? Pergunta que só o meu coração conseguia responder. Ele conseguia derreter o meu coração apenas com o seu sorriso. Nunca me senti tão protegida e feliz ao lado de alguém, como me sinto à beira de Luke. Ele é deveras muito especial!

#Alguns dias depois#

         …

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