Capítulo 43 - Porquê?

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Ouçam com a música que se enconrta na multimedia.

#Luke On#

           O meu olhar permanecia fixado naquele pequeno e frágil corpo que me declarava tudo o que sentia e eu apenas ficava perplexo a admirá-la, até que ela começa a chorar. Aí, senti o meu coração a doer, a bater mais forte, e foi aí que percebi que tudo o que ela sente, eu sinto como se eu pertencesse ela, como se eu fosse ela. Eu sou a sua cara-metade e eu preciso dela, porque não perdoá-la?

              Por momentos encarei os seus lindos olhos grandes, pestanudos e esverdeados, mas rapidamente desviei o olhar para o chão. Ainda estava magoado. Ela defendeu-o, quando era eu que ela devia ter defendido. Ainda por cima, ela só o conhece há dias e nós já nos conhecemos há meses. Eu ajudei-a tanto. Por exemplo, no problema com a mãe. Eu defendia-a perante alguém que nem sequer sabia o nome. Fosse ou não dos meus conhecimentos eu a  defenderia, mesmo que ela não tivesse razão. Sabem, doeu quando ela defendeu Andrew. Senti um aperto no coração, como se tivessem me espetado uma facada nas costas. Sabem essa sensação? Foi essa mesma que eu senti e ainda sinto um pouco. A dor é permanente e dolorosa. Cada segundo, mesmo magoado continuo a pensar nos seus cabelso castanhos a esvoaçarem com o vento morno e leve, mesmo neste estado continuo a precisar dos seus lábios nos meus, continuo a depender do seu toque, do seu sorriso que plantava sempre um sorriso na minha cara. Continua a depender tanto de Stephanie que faz mais a dor ser duradoura e mais profunda.

                Esta é uma das razões por que eu não queria me apaixonar por ninguém. Podemos sentir-nos a melhor pessoa no mundo, mas também nos podemos sentir a pior, apenas com o nome. Sim, por apenas um nome. Porque quando ela me contou pela primeira vez que tinha um amigo e sorriu quando disse o nome “Andrew”, eu senti-me mal. Senti o medo de perdê-la e aqui estou eu. Perdi-a durante algum tempo mas ela agora faz-me esta declaração. Sinceramente, não sei o que dizer ou o que pensar. Eu quero-a tanto, mas ela defendeu-o porra! Isso dói tanto.

               Sim, subconsciente. Estou a ter um ataque de ciúmes mental. Digamos que sim. Eu queria que ela me defendesse, não a ele. É tao difícil perceber isso? Sim, estou com ciúmes. Prontos, já estou farto de admitir.

               A pergunta é “Porquê que ela defendeu-o e não a mim”. Essa é a pergunta. A pergunta para qual não sei a resposta e dificilmente vou a obter. A única resposta possível na minha cabeça, é ela sentir uma atracção por ele. Não!

               Cerro o punho pela dor e raiva à mistura que sentia. Ela não podia começar a gostar dele. Eu não posso sofrer um desgosto de amor. Eu iria me sentir tão mal. Pior do que já estava e eu nem sequer quero imaginar esse cenário. Parece ser doloroso demais para apenas um rapaz de 18 anos como eu.

               Porquê Deus? Porquê é que ela me apareceu? Tu já sabias que eu iria apaixonar-me por ela, porquê é que a mandaste para aqui? Porquê? Apenas dá-me essa resposta. Qual é a razão? Qual é a razão para ela aparecer assim, de repente, sem ninguém contar, e ficar aqui durante seis meses e enquanto isso, roubar-me o coração? O coração que eu mantivera durante estes anos todos fechado a sete chaves. Eu tinha as atirado para o mar, mas mesmo assim, ela conseguiu as encontrar e abrir o meu coração que nunca tinha sido aberto antes de ela aparecer. No entanto, o pior que vai acontecer é que estes seis meses vão chegar ao fim e ela vai ter de partir para Londres e vai deixar-me aqui sozinho, quando eu estou tão apaixonado por ela, tão dependente dela. O que ganhas com isto Deus? Diz-me. Eu mereço saber. É o meu coração que está em jogo. É a minha fraqueza que está em jogo. Sim, fraqueza; porque ao lado dela eu sinto-me fraco. Fico sem controlo em mim. Apenas ela consegue-me comandar e levar à Lua, apenas com o seu toque. Estou fora de mim. Com ele, fico fora de mim. Ela muda-me mas para melhor.

        Eu quero que ela perceba o quanto eu estou presa a ela. Quero que ela vejo como eu estou envolvido em torno do seu dedo fino e pequeno, quando comparado com o meu. 

        Desde do nosso primeiro cruzar de olhares na praia, desde da primeira vez que nos vimos que ela me têm enrolado à volta do seu dedo. Desde do dia 4 de Julho, o dia da sua chegada, que eu soube que ela era especial. Naquele dia, no luar do sol ela parecia como um anjo disfarçado. Durante dias pensei que a tinha na palma da minha mão mas agora é ela que têm-me na palma da sua pequena mão.

 

                Ninguém merece, nem mesmo eu! Eu não mereço isto. Esta dor árdua que não para. Isto tudo. Eu só queria que ela percebesse o quanto eu a amo.

        De repente, a voz de Stephanie deixa-se de ouvir no quarto e um silêncio constragedor ocupa este. Por momentos, apenas ouvem-se as nossa respirações, principalmente a de Stephanie. Esta encontrava-se a respirar mal, deveria estar com falta de ar, as suas mãos tremiam assim como as suas pernas. Estaria ela a sentir-se bem? Ou seria apenas dos nervos? 

        O silência continua instalado naquele espaço e parecia querer ficar. O silêncio era tão forte que eu quase podia jurar que se ouviam os batimentos cardíacos meus e de Stephanie.

        O silêncio, deveras constragedor, acaba-se quando a voz de Stephanie, voluntariamente ou não, pronuncia " Obrigado Luke por seres a razão." Os meus olhos arregalam-se, procurando talvez por uma explicação por ela dizer aquilo. Os seus olhos arregalam-se também, talvez porque não queria dizer isso em voz alta, mas a verdade é que disse e eu apenas fiquei sem saber o que responder. Ouvi e guardei para mim. Não sabia o que responder. O silêncio volta-se a instalar para minha infelicidade, mas a verdade é que não sabia o que dizer para acabar com aquele silêncio embora que desejasse bastante que acabasse.

        Entre pensamentos volto a lembrar-me qual era a razão por estarmos naquela situação e o nome Andrew é tudo o que ouço e vejo na minha cabeça. A raiva volta à deriva e apodera-se do meu corpo, fazendo-me solta um grunhido. Porquê Deus? Porquê é que aquele maldito teve de aparecer e estragar tudo? Porquê?

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        Olá! Desejo-vos um bom 2015 e que realizem todos os vossos sonhos. 

        Espero que estejam a gostar da minha fic. Quase 1000 votos e mais de 15000 leituras. Muito obrigado mesmo! Adoro-vos. Os vossos comentários deixam-me sempre com um sorriso na cara. Obrigado! =D

        Neste capítulo pretendi dar-vos mais um pensamento do Luke e também porque no último capítulo tinha feito um pensamento da Stephanie. No próximo capítulo será o narrador a narrar.

        Adoro esta música dos 5SOS. É linda! Adoro-os!

        Até ao próximo capítulo. I love you! <3

        

        

     

Australian Love Affair 1 - AcabadaOnde histórias criam vida. Descubra agora