Australian Love Affair 1 - Acabada

Capítulo 45

Ouçam com a música da multimedia.

        #Stephanie On#

      Já se tinham passado três dias desde da nossa jura do mindinho. Eu e Luke nunca estivemos tão próximos como agora. Isso era bom. Era mais que bom. Era perfeito! Luke é o meu primeiro grande amor. Aquele amor que, mesmo não falemos ou mesmo que acabemos, aqueles sentimentos, aqueles nervos quando estou ao seu lado, aquela aceleração do coração, nunca desaparecerão. Irão sempre se reativar ao seu lado, quer queira quer não. É algo incontrolável.

 

        Nunca estive tão feliz como estou agora. Luke tem um efeito em mim que nem mesmo eu consigo explicar o que sinto, o que ele me faz sentir. A sua voz enfeitiçou-me tal como os seus olhos, os seus lábios, tudo em si tem um efeito bom em mim e que mesmo tente não consigo compreender. Mas sinceramente não me interessa saber. É algo bom e quando é bom nem vale a pena perguntar afinal é uma coisa boa. Não me magoa, apenas me faz sentir estranha, mas é uma estranheza que me agrada e me faz sentir bem e especial. Por isso, mesmo que não saiba o porquê disso acontecer, não faz mal. Afinal sinto-me bem e isso é o que interessa.

        - Stephanie! Stephanie! - ouço uma voz pronunciar o meu nome. Uma voz rouca, sexy, doce e que em enfeitiçava ao mesmo tempo. Procuro o dono da voz. Embora que soubesse o dono da aquela voz, eu precisava de encarar o dono da mesma. Talvez para admirá-lo, admirar a sua beleza, admirar os seus olhos e o seu belo rosto que nunca me canso de observar e admirar. A cerca de dois metros, um corpo grande e musculado exibe-se. Este pegava numa guitarra. O corpo era de um rapaz. Rapaz de cabelos loiros sujos, olhos de mar, sorriso esbelto, lábios finos e um pouco rosados. Os lábios em que eu estava completamente viciada e que por mais que tentasse perder esse vício, não conseguiria. Estava demasiada perdida neles. - Stephanie! - Luke volta-me a chamar, acordando-me novamente dos meus pensamentos. Pensamentos em que eu me havera perdido durante alguns minutos. Adorava pensar em Luke, na nossa relação, na nossa amizade e na nossa vida novamente juntas.

        - Diz. - dou-lhe toda a minha atenção, olhando na sua direção e podia verificar que Luke agora ligava a guitarra ao amplificador através do cabo comprido preto. 

        - Anda. Pega na guitarra. - ele fala e aponta com o seu dedo indicador comprido da mão esquerda para onde se encontrava a guitarra que para mim era destinada. Levanto-me e vou a caminho da guitarra. A guitarra era semi-acústica, tal como eu gostava. Pego nela e sento-me perto de Luke. Luke começara por fazer algumas sequências de acordes. Uma delas pertencia à música "Lost Boy" dos 5SOS. Luke prossede com a sequência de acordes da "Lost Boy" enquanto eu tento apanhar os acordes. Em rápidos segundos, a voz de Luke preenche todo o quarto. Agora apenas ouvia-se a voz do jovem cantor e das duas guitarras que soavam bem. Entretanto, uma voz feminina, ou seja, a minha voz, interage na música, juntando-se à de Luke. As nossas vozes juntavam-se como se fossem uma só, como se pertencessem uma à outra e como encaixavam tão bem, ninguém se importava de ouvi-las vezes sem contas. Sempre sem me cansar de ouvir as duas vozes. Totalmente diferentes, mas feitas uma para a outra. Quase posso jurar que eu e Luke estamos destinados um ao outro. Conhecemo-nos nem há cerca de seis meses mas é como se nos conhecessemos desde sempre. Talvez desde que o ovo onde fomos criados durante nove meses foi fecundado. Apaixonei-me tanto e tão depressa por Luke que isto até parece um filme. Acho que tudo acontece por uma razão e talvez esta seja a razão por ter vindo estes seis meses para Austrália. A razão é Luke. Se não tivesse vindo para aqui estaria agora em casa a deprimir ou então a desabafar com a empregada da nossa casa. Afinal fico feliz por ter vindo para aqui. Como o meu pai dizia "Há sempre um lado bom das coisas, mesmo que tudo pareça mau." Ele tinha razão. No final, há tantos lados bons por ter vindo para aqui.