08 - Things are sweeter in Ohio

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— Olá, Ohio! – Cole parou no meio do saguão do aeroporto, segurando as malas. – Nunca pensei que conheceria a cidade do Twenty One Pilots. Nem que você fosse tão cool pra ter nascido na cidade deles.

— Você está estranhamente empolgado para alguém que só faltou se jogar do avião quando levantamos voo. De verdade, nunca mais viajo com você. – Lili desdenhou, fazendo-o rir.

— Eu não estou empolgado, namorada. Estou tentando ser um pouco positivo, já que vou morrer em breve com um tiro.

— Meu pai não tem uma arma. – ela rolou os olhos, depois o encarou. – E nós não vamos ficar aqui em Columbus.

— Não? – Lili viu o ator murchar como uma criancinha, o que foi quase engraçado. – Pra onde vamos?

— Para Cleveland. – a garota sorriu verdadeiramente, como se a cidade escondesse alguma mina de ouro ou algo muito incrível que só quem ia lá poderia descobrir. Sprouse franziu a testa.

— Pra onde? – questionou e Lili riu.

— Você dirige, amor. - ela sorriu, jogando a chave do carro alugado na direção do ator. – Quero aproveitar a paisagem.

Cole sentiu o vento bater no rosto pelas janelas abertas e, por alguns instantes, realmente esqueceu o que estava fazendo em Ohio. A brisa quente de julho, o céu sem nenhuma nuvem e as paisagens eram realmente deslumbrantes. Ele adorava dirigir sem rumo, sem motivo, só pelo prazer da viagem. Claro que depois que mudou para Vancouver, quase nunca podia fazer isso, e nem tinha tempo. No entanto, aquela sensação boa de liberdade parecia se sobrepor a qualquer família maluca que estava prestes a conhecer.
Como namorado de uma garota que não namorava.
E pai de um filho que não era seu.
Ai, meu Deus.
Quando olhou para o lado, viu que Lili abraçava as pernas e encarava o horizonte com um olhar completamente perdido, quase vidrado.

— Ei! – ele falou alto, fazendo a garota pular.

— Que merda, Cole! – ela colocou a mão no coração, depois começou a tamborilar com os dedos nas pernas, voltando a olhar para frente.

— Nossa. – Sprouse riu, irônico. – Você é realmente ótima em acalmar as pessoas.

— Eu não estou tentando acalmar ninguém. – a garota bufou.

— Então você devia acalmar a si mesma. – ele deu de ombros, fitando-a de soslaio. Então, Lili pegou uma enorme barra de Toblerone da bolsa e começou a atacá-la de um jeito não exatamente polido ou muito menos sexy. Cole gargalhou.

— O que diabos você está fazendo? – Cole perguntou, prendendo o riso, mas Lili não pareceu se importar em responder. Continuou atacando a barra completamente enfurecida e ele arregalou os olhos. – Caralho, você está parecendo uma fuinha. – gargalhou e tomou um tapa na testa, o que não o fez parar de rir.

— Cala a boca!

— Você vai passar mal, sabe disso, né? – Cole deu de ombros. – Parece que estamos revivendo o trágico caso do sorvete de kiwi.

— VOCÊ QUER PARAR? – Lili berrou alto demais, assustando seu companheiro de cena. Ele a encarou, com a expressão completamente estranha, mas não teve tempo de formular uma frase. – EU NÃO POSSO NEM DESCONTAR MEU PÂNICO NA PORRA DE UM TOBLERONE PORQUE VOCÊ NÃO CALA A BOCA! ARGH!

Sprouse voltou a encará-la, segurando o impulso de tampar os ouvidos. Lili respirou fundo, apertando a barra com mais força que o adequado.

— Como eu vou apresentar você para a minha família? COMO? – a garota tremia. – Você está nas páginas policiais, porra! ELES VÃO ME MATAR!

Behind The Scenes | SPROUSEHARTOnde histórias criam vida. Descubra agora