14 - I Like Troubles

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— Posso te perguntar uma coisa? – Lili questionou, brincando com a grama.

Os dois estavam encostados na parede da capela, sentados no chão. Ao longe, podiam avistar que a festa já estava esvaziando, mas nenhum dos dois tinha relógio para saber o quanto tinham demorado ali. Cole riu baixo.

— Não acha que você já descobriu coisas demais para um dia só, queridinha da América? – provocou e a garota riu, empurrando o ombro no dele.

— Quando eu era criança, eu era meio detetive...

— Não venha dar uma de Ted Mosby essa hora da noite, por favor. – retrucou, fazendo a garota gargalhar. Os dois se olharam, sem dizer nada por alguns instantes.

— Você nunca mais ouviu falar do seu pai? – Lili perguntou, com a voz baixa, e Sprouse olhou para frente, com um sorriso no rosto. Sabia que ela perguntaria, de qualquer forma.
Ele chacoalhou a cabeça para o nada, depois suspirou.

— Eu não sei. – disse e Lili franziu a testa, confusa. Resolveu continuar, já que sabia que ela o questionaria, de uma forma ou de outra. – Depois que eu me conformei que ele não ia voltar, eu simplesmente me recusei a ouvir qualquer coisa que se relacionasse a ele. Mesmo na adolescência, meu avô tentou tocar no assunto algumas vezes, mas eu sempre cortei.

— Você não tem curiosidade?

— Eu raramente penso nisso. Deve ser porque nunca me perguntam. – provocou, rindo baixo, e viu o rosto da atriz corar. – Mas não, não tenho curiosidade. Ele bateu essa porta e eu resolvi deixá-la para sempre trancada.

O silêncio voltou a tomar conta do lugar, dando espaço para o barulho do vento. Lili abraçou os braços e Cole rolou os olhos, tirando o blazer, depois riu.

— Pare de agir como se estivéssemos em um filme de romance daqueles bem previsíveis. – ele disse e a garota fez uma careta.

— Como é?

— Abraçando os braços enquanto estamos em silêncio. Agora você veste isso aqui, a gente fica se olhando por um tempo vergonhoso demais e aí eu te beijo. – disse, fazendo uma careta de nojo. A garota riu alto.

— Você é tão romântico. É de suspirar, mesmo. Sinto que encontrei meu príncipe encantado. – debochou e Sprouse riu.

— Por algum acaso, você estava o procurando?

— Andando com você? Não mesmo. Encontrei meu antídoto. – disse e o ator mostrou o dedo do meio, rindo.

— Eu entendo sua raiva com o seu pai. – ela disse, do nada, e Cole arregalou os olhos com a mudança de assunto. – Mas se ele aparecesse, aqui, agora, você não ia querer conversar?

— Porra, você não desiste. – disse e a garota riu, negando com a cabeça. – Não, Lili. Eu não sou assim tão boa pessoa que nem você pode estar achando agora. Eu guardo rancor. Eu não estou nem um pouco interessado nas razões que o levaram para longe de mim, contanto que ele continue longe.

Lili segurou a mão de Cole, que estava ao lado da sua, na grama, e viu que ele endireitou o corpo, o que quase a fez rir.

— Tenho algo muito importante a dizer sobre isso tudo.

Sprouse rolou os olhos, teatralmente.

— Não quero ouvir, mas presumo que não adianta...

— Eu estou com fome. – ela interrompeu e Cole fez uma careta, depois riu. Levantou, puxando-a pela mão.

— Pizza?

— Você sabe como me ganhar, Cole Sprouse.

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Behind The Scenes | SPROUSEHARTOnde histórias criam vida. Descubra agora