31 - Let Her Go

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Três meses depois...

" — Eu sabia que ia encontrá-la aqui – Jughead disse, sentando ao lado de Betty no banco do vestiário feminino do colégio em que eles estudaram.

— Eu não estou brincando de esconde-esconde, Jughead, eu realmente gostaria de ficar sozinha – ela retrucou, sem olhar para ele, fazendo-o sorrir.

Ele não estava feliz, muito pelo contrário – a ideia de mudar de cidade para começar a faculdade fazia seu estômago revirar. Não queria se mudar agora, não quando tudo finalmente estava certo entre os dois; mas Betty ainda tinha mais um ano no colégio e ele tinha uma bolsa pelo seu desempenho como escritor no jornal do colégio na outra costa do país.

Eles nunca brigaram por causa disso. Betty sempre se mostrou extremamente orgulhosa do feito do namorado, mas os dois sabiam o quanto estavam sofrendo, ainda que não falassem.

— Eu lembro a primeira vez que eu me declarei para você – Jughead riu, olhando para o nada. – Foi bem ali, perto daquele armário grafitado.

Betty riu.

— Sua irmã estava desaparecida. Muito romântico – disse, e Jughead riu alto, fazendo-a acompanhá-lo.

Quando ficaram em silêncio, ele suspirou.

— Eu não quero ir. Não quero que isso termine. Não agora que finalmente estamos juntos.

— Jughead, não comece...

— Não posso pedir para você largar tudo e vir comigo, eu sei – ele disse, encarando-a de frente e fazendo com que ela se virasse. – Mas isso não significa que precisamos...

— Significa, sim – Betty o interrompeu, com os olhos vermelhos.

— Não, nós...

— Jughead – ela disse, segurando o rosto do namorado em mãos. – Eu não quero que você viaje para o outro lado do país com a sensação de que algo está o prendendo aqui. Não quero que você viva essa experiência com um pé aqui, outro lá. Você não merece isso. Eu não mereço isso.

— Pare com essa besteira – ele disse, rolando os olhos. – Eu não quero outra que não seja você.

Betty sorriu.

— E eu não quero outro que não seja você. Mas você sabe bem o que eu estou falando. Daqui a pouco você não será o mesmo. Você estará na faculdade. Você estará vivendo sozinho, praticando oque você ama, descobrindo uma nova cidade. Você terá novos amigos, novos lugares para ir, uma inteira longe de mim – ela fez uma pausa, e sorriu fraco. – Eu estarei aqui. Levando exatamente a mesma vida. Com as mesmas pessoas. Do mesmo jeito. Por pelo menos mais um ano.

— Eu não vou mudar – ele disse, com a voz baixa, e Betty assentiu.

— Vai. E eu quero que você mude. Eu te amo, Jughead, e é por isso que eu quero que você vá. Mude. Mude tudo. Mas não me esqueça e, quem sabe em algum momento, a gente volte a se encontrar...

Jugheas não esperou que ela terminasse. Beijou-a como se cada gota de sangue de seu corpo dependesse daquilo. E dependia.

Ele não sabia quando a teria de volta, se a teria de volta, afinal. E ele a amava, e sabia que a recíproca era verdadeira. E sabia que ela estava certa (odiava quando isso acontecia!).

Betty sentou em seu colo e desfez o beijo, e começou a tirar sua camiseta. Com um sorriso cúmplice, voltaram a se beijar. Sabiam que quando ele saísse pela porta daquele vestiário onde tudo começou, Jughead partiria para uma nova vida. E precisavam fazer cada segundo contar."

Behind The Scenes | SPROUSEHARTOnde histórias criam vida. Descubra agora