29 - Side Effects

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Não foi difícil achar o endereço de Will Hines. Estando no meio artístico, precisou de apenas uma ligação e uma mensagem de texto para saber onde o companheiro de banda de Jeff Little morava. Cole olhou o prédio pretencioso em um bairro hipster de Vancouver e achou graça, mesmo estando nervoso. Se um dia tivesse parado para pensar onde alguém do Memorial Stripper – aquele nome ainda o fazia querer rir – moraria, definitivamente o local seria parecido com aquele.

Aproveitou o portão entreaberto por duas garotas estilosas de cabelo multicolorido e se enfiou para dentro do prédio. Resolveu subir pelas escadas, já que ele morava no segundo andar, e uma das garotas pareceu chocada ao perceber quem ele era, mas o elevador fechou antes que ela pudesse pular para fora.

Tocou a campainha do apartamento pelo menos três vezes. Sabia que ele estava lá, mas o barulho alto de uma música desconhecida provavelmente estava impedindo Will de descobrir que tinha visitas. Quando já estava quase apelando para o telefone, a porta abriu de uma vez só.

Will pareceu levar pelo menos trinta segundos para se tocar de que aquele realmente era Cole Sprouse, em sua porta, três da tarde em um dia de semana. Ele apertou os olhos. Estava com as calças mais justas que Sprouse já vira alguém usar e sem camiseta. Viu uma garota ruiva passar pela sala, sem se preocupar com quem estava na porta.

— Olá, Will. Podemos trocar uma palavrinha? – Perguntou, percebendo que ele que teria que iniciar aquela conversa, e o músico tossiu.

— Hm... claro? – Respondeu, confuso, olhando para trás. – Escute, eu estou acompanhado agora, se você quiser voltar mais tarde, eu...

— É um pouco urgente.

— Você nem me conhece. Digo... eu sei quem você é, mas que porra de conversa pode ser tão importante assim que...

— Jeffrey Little.

Will parou de falar, engolindo seco.

— Ele está na rehab – respondeu, a voz áspera, e Cole sorriu, malicioso.

— Nós dois sabemos que ele não está.

— Meu Deus, você é o Cole... – quando Sprouse notou a garota ruiva parada atrás de Hines, o músico rolou os olhos e praguejou baixo, batendo a porta atrás de si e deixando-a a ver navios.

— Cinco minutos.

Subiram para a cobertura do prédio – que só tinha seis andares – e Hines não pareceu se importar com o vento frio que estava lá em cima, mesmo estando sem camisa. Tinham subido de elevador e em completo silêncio, e Cole só queria terminar com aquilo o quanto antes. Não estava ali para ficar de papinho com o guitarrista ou baixista ou o que quer que fosse aquele cara na maravilhosa banda do Memorial Stripper. Will o encarou.

— Tem um cigarro?

Cole fez um gesto cansado com a cabeça, reprimindo a vontade de rolar os olhos. Deu um cigarro para Will e acendeu outro.

— O que você quer? – O músico perguntou, e Sprouse deu uma tragada no cigarro.

— Sei que o Little voltou para Vancouver, e queria encontrar com ele.

Will deu uma risada curta e sarcástica, jogando os cabelos escuros e compridos para trás.

— Você acha que eu sou idiota?

— Você quer que eu responda essa pergunta, de verdade? – Sprouse riu, e Will fez uma careta. – Não estou correndo atrás do cara para arrumar confusão. Ele nos avisou que voltou, e marcou um encontro comigo para tratar algum assunto hoje no parque – Cole disse, e quando olhou de verdade para o seu rosto, não soube se aquilo estava colando.

Behind The Scenes | SPROUSEHARTOnde histórias criam vida. Descubra agora