Behind The Scenes | SPROUSEHART

21 - Something Just Like This

Cole abriu a porta para Dylan todo sujo de tinta. O mais velho arqueou uma sobrancelha, achando graça.

— O que houve com você? – Perguntou, empurrando um engradado com seis garrafinhas de cerveja na direção do irmão, que prontamente o segurou.

— O que você acha que eu estou fazendo? – Ele respondeu, com um tom óbvio, e Dylan riu.

— Certo, a pergunta então é: por que e o que você está pintando, além de você mesmo, aparentemente?

Cole colocou as garrafas na geladeira, pegando duas que já estavam geladas lá, e dando uma a Dylan.

— O quarto de hóspedes – ele respondeu, de forma plana, e Dylan nem esperou que abrisse a boca, caminhando até a porta aberta.

Cole não tentou o impedir, porque sabia que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde. Apenas observou Dylan entrar no cômodo, que estava com o chão todo forrado de jornal, e encarar as paredes quase verdes – ele esperava que ficassem do tom certo, eventualmente -, mas, principalmente, o berço.

O loiro o encarou, boquiaberto.

— A Lili voltou para cá? Eu perdi alguma coisa? – Perguntou, meio confuso, e Cole riu.

— Não, e sim. Eu já tinha comprado o berço antes de ela ir embora. Era para ser uma surpresa, ou algo do tipo – disse, meio sem jeito, e Cole ainda parecia meio atônito.

— Meu Deus, o que está havendo com o mundo em que eu... Espera. Por que ele está trincado?

— Porque eu o golpeei algumas vezes com um taco de beisebol – Cole disse, como quem informava as horas, e viu o queixo de Dylan cair.

— Qual o seu problema, mano? – Perguntou, e Cole riu.

— Eu estava fora de mim. Mas passei dessa fase. Agora estou pintando o quarto – ele apontou para as paredes.

— Para quê, exatamente?

Cole deu de ombros.

— Não gostava mais dele branco. Vou desmontar o berço e... – Ele parou de falar quando viu Dylan encarar o papel de parede de bichinhos da selva, e a tela do computador.

— Vai o cacete! Meu Deus, você está montando o quarto do bebê! Você... Caralho, você quer a Lili de volta! Você a ama!

— Ei, cuidado com o vocabulário usado – Cole o interrompeu, tirando a camiseta. – Não tem nada de amar, eu simplesmente...

— Pare de se enganar, rapaz... – Dylan disse, com uma voz engraçada. – Ela sabe disso?

— Claro que não.

Dylan sorriu, mas não disse nada.

— O que foi, porra?

— Nada – ele deu um sorrisinho, tomando um gole da garrafa. – Meu garoto está tão crescido, estou tão orgulhoso...

— Por que você não vai tomar no... – Cole parou de falar quando Dylan soltou uma gargalhada. – O que, diabos, você está fazendo aqui, aliás?

— Eu já fui mais bem recebido nessa casa – ele murmurou, depois estralou a cabeça. – Vim te avisar para não marcar nada para daqui a um mês e dois dias.

— Por que, você finalmente vai me chamar para sair? Tentar um incesto? Devo usar meu vestidinho vermelho sexy? – Cole provocou, e Dylan rolou os olhos, rindo.

— Porque eu vou me casar.

Cole cuspiu a cerveja, acertando em cheio a madeira do berço.

— VOCÊ VAI O QUÊ?