Se apaixonar pelo garoto mais popular do colégio não é nada incomum, nem que esse garoto seja seu melhor amigo. Também não é incomum que você perca a virgindade com ele e, obviamente, não é incomum que você se apaixone por ele.
Não é incomum que es...
“Finjo que superei, mas é só fechar os olhos que tudo vem a minha mente.”
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Mayara Carvalho
Fecho os olhos e respiro fundo, a mudança de ar já não me incomoda mais, o frio também não. Quem dera que tudo se resumisse a isso.
Abro os olhos e vejo o contraste perfeito do tempo. O céu azul claro não demostra que está quase menos dois graus agora.
A risada do meu irmão me faz o olhar. Otto está diferente, não sei bem o porque, mas há tanta felicidade estampada em seu rosto que sinto a formiguinha da inveja já tomando conta de mim.
É feio dizer isso, mas é o que eu sinto. Sinto ciúmes da alegria dele, do sorriso amplo, do jeito que ele está brilhando. Me sinto mal por isso, mas não consigo parar.
Eu queria estar assim, queria estar feliz, esbanjando minha felicidade, mas só o que eu esbanjo minha tristeza, minhas decepções, meu coração partido.
— Uau. - eu olho pro lado e tem um cara me olhando com a testa franzida
— Oi?
— Um rosto tão bonito não deveria estar tão triste. - eu levanto uma sobrancelha e o cara encolhe os ombros — Me desculpa, não quero ser intrometido, só não consegui passar direto quando te vi.
— Brasileiro, né? Só a gente pra ser tão abusado desse jeito. - ele afirma
— Carioca. Mas não foi isso que me fez vir aqui, entenda. Seu sorriso é muito bonito pra ser coberto por suas lágrimas.
— Problemas, maninha? - Otto coloca o braço pelo meu ombro e eu nego
— Não se preocupe, já estou indo. - o cara se vai do mesmo jeito que apareceu e eu fico sem entender nada
— O que aconteceu aqui? - eu dou de ombros e encaro meu irmão — O que ele falou?
— Nada de importante. - ele levanta uma sobrancelha — Com quem você tava falando?
— Ninguém. - ele tira a mão dos meus ombros e vira de costas pra mim — É ali que é a sede do governo sabia? A casa rosa!
— Podia ser vermelha, mas eu estou mais interessada em saber com quem você estava falando. - ele começa a falar sobre a tal casa rosa e eu só consigo pensar nas mil maneiras de bater nele até ele me dizer quem é
— É bonitona, né? Eu lembro de quando você dizia que queria uma casa rosa. - ele ri mas eu não consigo fazer o mesmo
