(...)
Assim que a senhorita Pepper foi embora, fiquei na sala apenas por alguns minutos, pensando em diversas possibilidades de sair de lá e de fazer algo, mas o que mais me tirava o sono, era a Shield, não entendo essa minha obsessão de saber ao certo o que é essa organização super secreta, creio que não seja a organização em si e sim o que eles vivem fazendo lá.
-Jarvis?-Disse, com tamanha incerteza.
-Sim, senhorita, como posso te ajudar?-Diz.
-Pode me dar um mapa até a Shield?-Pergunto, involuntariamente.
-Creio que não posso lhe dar tais informações.
-Droga.-Digo, mas não me daria por vencida, uma hora ou outra, eu irei descobrir o que é essa Shield, sua verdadeira face.
Saio da torre e começo a andar pelas ruas de Now York, meio sem rumo, acabo parando em um parque com algumas crianças brincando, fiquei as observando, eu encontrava a alegria nas crianças, elas são tão alegres e inocentes, ficam felizes por algo que para nós, adultos, seria algo tão mísero, se eu pudesse voltar no tempo com certeza eu voltaria na época que eu era uma criança, correndo pelos mundos, sozinha, a deriva do perigo, Hell nunca saia de Hellheim, então eu não tinha ninguém para me acompanhar nas minhas pequenas aventuras, é solitário, eu também nunca fui uma criança simpática, rodeada de amigos, aquela de que todos gostam, eu sempre fui a estranha, a garota filha da deusa do submundo, tinham medo de mim, então sempre fui só eu, apenas eu, nessa imensidão.
Uma criança vem correndo até mim, ela parecia assustada, estava um pouquinho suada, nas suas mãos havia uma flor apertada com toda a força que aquela garotinha tinha.-Você está bem? Algo aconteceu? Onde estão seus pais?
-Ruim, ruim, ruim -Ela repetia com voz de choro, enquanto apontava prós arbustos.
-Alguém machucou você?-Pergunto. Ela diz que sim com a cabeça.-Onde?-Ela aponta pra sua região íntima com uma cara chorosa, meu coração se aperta, alguém a violentou, pelos Deuses porque fariam isso com uma criança? que mundo horrível.-Vem, vamos cuidar de você.
Pego a criança no colo com o maior cuidado e tentando ao máximo não machuca-lá, caminho de volta a torre, a criança escondia seu rosto na curva do meu pescoço, e pelos soluços suponho que ela está chorando.
Ao chegar a torre, vejo que todos já tinham voltados da Shield, seus olhares confusos pousam em mim e na criança, que agora dormia.-Eu encontrei ela no parque, ela me disse que machucaram ela, estruparam ela.-Digo, com amargura. Como podem fazer isso com uma criança? Não estão entendendo o tamanho da minha raiva e indignação.
Quando digo isso eles me olham atônitos, vou até o sofá e deito ela.-Precisamos de um médico, por favor, Stark.-Digo, olhando em tom de súplica para ele.
Ele pega seu aparelho telefônico, enquanto se distancia, depois balbucia algumas palavras que não consigo entender, em seguida vem até nos.
-Eu chamei um médico, ele está a caminho, mas com o engarrafamento duvido que chegue logo.-Diz. Olho ao redor a procura de Loki, mas não o encontro, começo a respirar fundo, pois o ar estava querendo me deixar, em uma fração de segundos, Loki aparece, ele olha pra garota com confusão.
-Quem é ela?
-Eu, a achei no parque, ela foi violentada.-Digo, Loki não expressa reação, como se não ligasse para o fato de que uma criança de aparentemente cinco anos foi estrupada a luz do dia no parque central.
-Saia.-Vocifera, Loki. Eu saio de frente da garota, Loki leva uma de suas mãos a testa da garota, da sua mão uma luz verde emana e se encontra com a cabeça dela, seus olhos se abrem e uma luz com o mesmo tom de verde brilha em seu olhar, assim igual como os olhos de Loki, segundos depois os olhos de Loki voltam ao normal, e a garota caí novamente desacordada.
-Ela foi realmente violentada, mas ela não se lembrará de nada, achei melhor apagar esse fragmento de memória, para evitar traumas futuros. Vasculhando a mente da criança encontrei algo muito interessante, ela é uma semideusa, filha de Perséfone.-Diz, com um sorriso estranho ao pronunciar Perséfone, aparentemente quis insinuar algo, mas eu não entendi, o que Perséfone, a deusa das flores, tem haver comigo?
-Oque devo fazer? Ela é tão pequenina, devo levá-la para a mãe?-Pergunto. Loki arquea uma sobrancelha e assente. Se esse é o certo a se fazer, eu farei.
(...)
Depois que o médico chegou, ele examinou a garotinha, que disse que se chamava Dália, e eu errei na sua idade, ela tinha seis anos. Pelo que o médico disse ela não chegou a ser machucada, provavelmente usaram os dedos, se fosse a outra coisa, teriam deixado sequelas. O doutor recomendou não tocar no assunto com a criança para não assustar ela, mas isso não será um problema, pois ela não se lembra de nada, mas tem uma coisa que me preocupa, se a pessoa que a machucou tentar fazer isso de novo, como ela vai saber que ela ou ela, é uma ameaça sendo que não se lembra que foi machucada? É uma boa pergunta.
Ela estava deitada na minha cama, enquanto eu escrevia tudo sobre o que estava acontecendo, escuto um grunhido, baixo e quase inaudível.-Oi, não precisa ter medo, eu sou uma amiga.-Digo, esbanjando simpatia, levanto-me e aceno.
-Onde estou? Cadê minha mamãe?-Diz, ela tinha uma voz tão doce.
-Sua mamãe? Bom, eu não sei, você lembra do que aconteceu?-Pergunto.
-Eu, estava colhendo flores, eu sei que não podia vir tão longe, a vovó ficaria brava, mas elas eram tão bonitas, eu quis pegá-las.-Diz. Pelo que sei, a mãe de Perséfone é Deméter, o que me intriga é uma deusa perder sua neta, semideusa, e não voltar para pegá-la.
-Bom, eu vou te levar até a sua mãe, ou prefere sua avó?-Pergunto.
-Mamãe, papai vai ficar brabo.-Diz, virando a cabeça para o lado.
-Você não deveria ter se afastado tanto da sua avó-Advirto, ela cruza os bracinhos.-Venha, você precisa de um banho, gosta de banho de banheira?-Pergunto, animada e ela ri assentindo.
(...)
Depois de encher a banheira e colocar muito sabão com cheiro de rosas, vejo Dália brincar com as espumas enquanto ri, ela é uma criança tão fofa e teimosa, dona de uma inocência e doçura que é de outro mundo, perguntou-me quem foi o ser infeliz que a violentou, evito pensar nisso, não quero ficar triste ou brava, coisas ruins acontecem. Depois que Dália saiu do banho, coloquei um vestido florido nela, não eu não tinha ele jogado no fundo da minha mala, foi o Loki que deixou aqui, ele não disse uma palavra, apenas deixou o vestido.
Quando acabamos de nos arrumar, nos duas, fomos até o Loki, ele nos levaria até a mãe de Dália, Perséfone.(...)
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Semideusa : A Filha de Hel e Hades
Fantasía" Essa é a jornada de Zara, uma filha de Hell e Hades, ou seja, uma deusa menor. Hell pede a Zara para levar um objeto precioso ao Deus Loki, mas invasores invadem Asgard e Hellheim a procura do mesmo, para se protegerem e proteger o objeto, a es...