(...)
Como o local onde a entrada do submundo se encontrava ficava um pouco longe de onde nós estávamos, por conta disso fomos no avião particular do senhor Stark, a viagem duraria mais ou menos umas quatro horas.
A criança dormiu tranquilamente no meu colo, eu de fato não sei se estou fazendo o certo levando a criança até o submundo e a entregando para a mãe dela, e se ela fosse perigosa ou algo do tipo? mas algo me dizia que eu precisava fazer isso.
A medida que vamos nos aproximando do nosso destino minha marca de nascença vai ardendo cada vez mais, e por conta do incômodo eu fico coçando, o que vai fazendo a minha pele se desgastar. Essa marca se encontra no meu pulso, ela tem a forma de uma lua negra, é literalmente negra, minha mãe nunca gostou e sempre tentou esconder ela, creio que tem alguma ligação com meu pai, o que me deixa intrigada é que mesmo com magia ela não sai, o que é muito esquisito, eu gosto dela, mas nunca tiro a pulseira que minha mãe me deu pra esconde-lá.(...)
Finalmente chegamos ao nosso destino, o que me deixa completamente aliviada, voar em coisas estranhas de metal me deixa com uma certa aflição. A partir de agora estamos apenas eu, Loki e Dália, infelizmente ainda não estava falando direito com Loki, o que me deixava meio triste e desanimada, mas estou tentando deixar isso de lado e focar na minha missão de entregar a Dália.
Caminhamos para entrada do submundo, que se encontrava em um lugar discreto em uma caverna com uma entrada realmente pequena, perto do letreiro de Hollywood. Ela era tão pequena que tivemos que ir engatinhando, mas conforme íamos engatinhando ela ia se alargando, sendo assim nos permitia caminhar. A escuridão não nos incomodava, estranhamente me passava uma sensação familiar, a minha marca não estava incomodando tanto, mas ainda ardia.
-Estamos próximos aos portões.-Diz, Loki.-Está ficando muito quente aqui.-Digo, me abanando.
-É o inferno o que você esperava?-Diz, Loki, grosseiramente. Tão rude!
-As dependências de Hell não possuem esse calor tão absurdo, pelo contrário lá é um lugar gélido, por isso achei um fator esquisito aqui estar tão quente.-Digo. Estava pronta pra continuar meu discurso quando sou interrompida por um grito dolorido que ecoava no local que antes era preenchido por minha voz, a criança apertava a minha mão com medo.
-Almas sendo torturadas, com isso está familiarizada, não é?-Diz, Loki, com um sorriso falso.
-Hell é justa.-Digo, firmemente.
Uma breve discussão, era apenas isso que eu tinha com Loki, ou nós não nos falavamos ou nós discutíamos, não tínhamos uma conversa civilizada nem nada, isso me deixa tão frustada.
Assim que chegamos aos portões era possível ler a frase: "Bem-Vindo, seja todos aqueles que desejam adentrar em meu reino. Porém, estejam avisados: Ao atravessar meus portões jamais sairá."-Isso é apenas charme, conseguiremos sair, entretanto lembrem-se, se não quiserem ser obrigadas a retornar ao submundo não comam nada.-Diz, Loki.
Loki empurra o portão com muita facilidade, como se fosse uma pena de tão leve que era, descemos uma trilha terrosa, onde o destino era um pequeno porto, onde havia um barqueiro, o famoso barqueiro que velejava nas águas do submundo, Caronte. Assim que Loki pagou a nossa travessia entramos no barco, pude ver que essa não era a primeira vez de Loki atravessando o rio a caminho do outro lado nas dependências de Hades, pois ele estava tranquilo e muito calmo, por mais que ele sempre fique tranquilo diante de qualquer situação, mas eu simplesmente sentia que ele já tinha feito isso. Minha marca me incomodava muito, ao ponto de passar pela minha cabeça arrancar ela do meu braço, Loki percebendo minha inquietação com a mancha em meu braço, puxou o mesmo e o olhou, franzindo a sobrancelha levemente, seus dedos se arrastaram sobre minha pele, e seus olhos se fecharam, ele tirou sua mão rapidamente do meu braço e não voltou mais a me olhar.
Ao chegarmos ao outro lado do rio, havia uma espécie de cachorro gigante, Cerberus, tão grande quanto Fenrir, ele tinha três cabeças, e uma cauda de dragão, pelo que li ele é o patrulheiro de Hades, ele patrulha a região para impedir a fuga de almas, criaturas ou mortais que tentem sair sem a permissão de seu mestre.
Ao passarmos pelo cão, ele latiu, tão alto ao ponto de nos deixar surdos, já estava imaginando minha morte sendo despedaçada pelo cão, quando ele nos fareja, ele simplesmente senta no chão e coloca as línguas para fora, para um ser terrível ele está muito dócil.-Fofinho.-Disse, Dália. Ele vai até o cão e tenta acariciar ele.
-Não vamos brincar com a sorte, Dália. Temos que encontrar sua mãe. Nós leve até Hades.-Digo, para o cachorro, que imediatamente acata minha ordem.
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Semideusa : A Filha de Hel e Hades
Fantasi" Essa é a jornada de Zara, uma filha de Hell e Hades, ou seja, uma deusa menor. Hell pede a Zara para levar um objeto precioso ao Deus Loki, mas invasores invadem Asgard e Hellheim a procura do mesmo, para se protegerem e proteger o objeto, a es...