Capítulo 2

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   A COROA de Frid tem uma história bastante interessante, a história da coroa - A Honra de Frid - conta que assim que fosse colocada na cabeça do futuro regente ele estaria coroado rei até a morte ou até seu herdeiro baixar a coroa sobre sua cabeça.
   Basicamente, quem pusesse a Honra de Frid, a coroa, sobre a cabeça, era nomeado rei sobre todo o povo. Estava tudo bem até então, até que um dia um membro do clero responsável por coroar o príncipe herdeiro no dia da coroação decidiu diante de todo o povo se auto coroar. Aquele ato gerou uma revolta imensa em todo o povo, e toda a corte de Frid parecia chocada, imagine o pobre príncipe herdeiro! Ignorando tudo pelo qual acreditava esse arrancou a sua espada e a enfiou na barriga do membro do clero que caiu morto no chão.
   Subindo os degraus até o seu trono o príncipe desceu a Honra de Frid sobre sua cabeça e tornou-se rei. Ele foi contra todas as regras com relação a Honra de Frid, mas por contar com o apoio da corte e da nobreza nada lhe aconteceu. Essa história foi passada por gerações e por conta desses atos do tal rebelde do clero, agora para que a Honra de Frid coroasse alguém algumas regras deveriam ser seguidas.

1- Era preciso ser maior de idade para ser coroado rei.
2- Era preciso ter certo conhecimento sobre o reino.
E por último.
3- Era preciso ter sangue real.

   Com estas três regras ninguém se não apenas os príncipes herdeiros poderiam subir ao trono. E assim sucedeu por muito tempo!

   A nossa heroína não sabia de seu sangue real e Alfren pretendia mantê-la assim. Ele sabia que estava negando-lhe a verdade e que isso era muito cruel da sua parte, mas ele não suportaria vê-la em perigo por conta de sua linhagem, por isso assim que um dia um nobre a reconheceu e a perseguiu pelo seu campo Alfren fugiu para a Ilha dos exilados junto de Arabella antes que algo pudesse lhe acontecer, nunca mais ouviram falar do tal nobre. Alfren apenas torcia para que o nobre houvesse esquecido do acontecimento ou então, por mais ruim que parecesse, que estivesse morto.
   Alfren suportaria tudo, tortura e até a morte se para isso sua linda menina estivesse em segurança! Porém Arabella era muito rebelde e estava sempre se metendo em confusão.

_ Feliz não aniversário! - disse Jay  lhe estendendo uma caixinha pequena embrulhada da cor amarela! Ele sorria e ela estranhou aquilo.
_ Não é meu aniversário. - falou baixando os olhos para a caixinha, curiosa.
_ Exatamente! - ele riu.
Ela ergueu os olhos para ele, havia algo neles, diferente. Aqueles olhos costumavam brilhar como diamantes negros, agora estavam... Diferentes, era meio deprimente de se pensar.
_ Jay, você não está me contando alguma coisa - ela duvidava, duvidava seriamente do que ele estava prestes a dizer.
_ Não é nada! Eu não posso dar um presente para minha Beeboo, sem parecer que quero algo em troca?
_ Não acho que queira algo em troca, você não é assim. Por isso temo o verdadeiro motivo desse presente. - disse séria fazendo-o ficar sério também.
_ Abra! - disse agora carrancudo.
_ Não vou abrir até me dizer o que está escondendo!
_ Não vou dizer o que estou escondendo se não abrir!
_ Então está mesmo escondendo alguma coisa! - disse zangada pondo o dedo no rosto dele, ele retira sua mão devagar.
_ Apenas abra Arabella! - ele parecia autoritário, Arabella já havia o visto zangado antes, mas autoritário? Ele estava cada vez mais estranho, como se escondesse um segredo importante, como se ela não devesse se envolver naquilo. Mas ela era Arabella Eleanor Parkin e não tinha medo de carinha feia!
  Como ele contaria apenas se ela abrisse o presente foi o que ela fez, seus olhos se arregalaram ao ver o que estava alí. Não era possível! Ele sorriu!

_ É um... - estava atônita e não parava de sorrir, seus olhos brilhavam com aquele presente!
_ Um colar? Sim!
_ Mas... Como? - olhou-o curiosa, jóias eram coisas tão raras naquela ilha esquecida pelo reino, era uma ilha pobre, pobre demais para contar até mesmo com uma loja sequer. Quem precisasse de roupas ou mantimentos deveria atravessar o mar a barco para chegar a Costa de Frid, o povo da ilha era muito pobre.

Pela Honra De FridOnde histórias criam vida. Descubra agora