Envolvida com traficante

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Bernardo
Caralho, hoje o dia tá foda, tenho mil coisas pra fazer, uma papelada de nomes de quem tá devendo, se tem uma coisa que eu odeio é esses filho da puta que fica devendo dinheiro pra mim, comédia nunca teve vez, não vai ser agora que eu vou deixar passar de boas, se tiver o dinheiro é perfeito, se não tiver, é morte na certa.

GL : Quê que tu manda nego? - GL entra na minha sala e senta em uma das cadeiras.

Bernardo : Quando que chega mercadoria nova? - Pergunto sem olhar para o mesmo, e continuo observando os papéis encima da minha mesa.

GL : Hoje, no máximo umas 11:00, acabei de soltar a letra pro André pra liberar a mercadoria na barreira. - Assinto.

Bernardo : Esse zé aqui tá devendo uma grana alta. - Mostro o papel com as informações do moleque, ele observa e me olha com um semblante fechado.

GL : Tá devendo 4 meses já, sempre fala que vai conseguir, a mesma desculpa dos 4 meses. Se liberar, é bala! - Coloco o papel sobre a mesa novamente e me levanto da minha cadeira.

Bernardo : Pode resolver essa pendência, ninguém fica devendo nessa porra. - Saio da minha sala e vejo alguns vapores conversando.

Nandinho : E aí patrão, quê que pega? - Olho para eles com o semblante fechado.

Bernardo : Não sabia que as fofoqueiras resolveram fofocar aqui na boca agora, não vai rolar biscoitinho e café não!? - Um deles dá risada, chamando a minha atenção, quando encaro o mesmo, o seu semblante fecha.

Emanuel : Qual foi gostosa, eu tô ligado que tu gosta de uma fofoca mais que qualquer um aqui. - Todos dão risada, e eu me seguro pra não rir também.

Nadinho : O José broxou com a Mariana, e ela explanou pra geral do morro. - Não me contive e geral que se encontrava ali acabou rindo.

Bernardo : Porra José, A Mariana tão gostosinha. - Falo ainda dando risada e observo o semblante de raiva dele, me fazendo dá mais risada.

José : Ô chefia, esses filho da puta colocaram laxante na minha bebida, ai deu vontade de soltar o negão, porra.

Bernardo : caralho, foi vacilo. - Falo dando risada e pego a chave de casa no bolso da minha bermuda. - Tô indo suas putas, minha irmã vai sair com as amigas, e eu preciso soltar a letra pra ela antes. Fé aí!

Nandinho : fé. - Saio da boca e subo o morro em pleno sol das 09:00. Quando eu estava passando, avisto uma mina com os cabelos loiros, e se eu não reconhecesse aquele cabelo, eu seria muito idiota.

Bernardo : E aí loirinha, como tu tá!? - Me aproximo da mesma, e ela me cumprimenta com um abraço, que foi correspondido por mim.