7 - Um plano quase (in)falível 🎃

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"Façam suas apostas, que o jogo contra o destino só está começando, muita água ainda vai rolar até que o tempo de algo novo possa realmente começar"

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"Façam suas apostas, que o jogo contra o destino só está começando, muita água ainda vai rolar até que o tempo de algo novo possa realmente começar".

>>> Horas antes...

Estava amanhecendo, quando um som ensurdecedor fez Ravena pular onde estava.

A garota estava acabando de lavar a louça, quando uma luz transpassou a janela em um único segundo, e segundos depois uma mancha vermelha caiu a poucos metros da casa.

Temendo por sua família, Ravena seguiu com todo cuidado na direção do ocorrido, e levou a maior surpresa.

- Pelos céus, e uma garota, e está desacordada - ela se ajoelhou ao lado da menina, sem se importar com os trajes inadequados dela, e começou a examiná-la.

Demorou um pouco, mas logo conseguiu levá-la para perto.

Altair que não estava muito longe, viu o movimento da mulher, e foi ao seu encontro, os filhos que brincavam longe nada viram.

- O que está acontecendo aqui? - perguntou Altair ao encontrar Ravena com a garota.

- Eu a encontrei desacordada Altair, ela precisa de ajuda - por um momento, Altair ficou tentado em ajudá-la, mas logo se lembrou.

- Será que é seguro?

- Pelo amor de Deus Altair, como ela pode representar perigo assim?

- E você tem razão - Altair ajudou Ravena a levá-la para dentro, depois foi chamar os meninos para procurar Pietro, enquanto a mulher cuidava dela.

Pela tarde, outro inconveniente ocorreu, o que chamou ainda mais a atenção de Altair.

Eles estavam perto do celeiro, quando outra luz sobreveio o céu, e um pequeno ponto chegou de encontro ao chão, Ravena congelou onde estava.

- Mas o que está acontecendo aqui ?

- Paciência meu amor - Altair pegou a mão da mulher e a afagou - pode ter certeza que quem quer que seja, ei de expulsar a ponta pés, se estiverem com intenção de fazer mal a minha família - ele soltou a mão da mulher, e caminhou em direção ao estranho, com Ravena pouco atrás.

" Pronto, agora as chances da história mudar passam a existir, deixo todas as minhas esperanças em vossas mãos, só lhes peço, salvem meu irmão".

O espectro de Jack começou a se dissolver no ar, com sua última vontade quase realizada, pois no meio de tudo, ainda tinha as forças de uma história do passado, uma obscura, que se negava a dar espaço para uma nova vontade, e ele não tinha mais forças para lutar contra ela, tudo estava nas mãos de seus novos aliados.

Estava amanhecendo quando Uri voltou para Clara, e contrariando todas as expectativas de Pietro, a mulher estava bem, ela olhava pela janela onde uma pequena brisa soprava em seus cabelos.

- Clara você...

- Não se preocupe Uri - ela o cortou, ele se aproximou até ficarem lado a lado na janela - estou bem - Uri segurou a mão de Clara.

- Sabe que não me surpreende nem um pouco isso - Clara deu um leve empurrão nele.

- Não e hora pra gracinhas - ela falou séria - você sabe me dizer onde estamos?

- Pode parecer estranho, mas é exatamente onde você queria.

- Não brinca comigo Uri Storm, eu conheço bem o chalé dos meus pais, e não é assim.

- Mas é verdade, se você colocar alguns séculos antes, aí você vai descobrir que é o mesmo lugar.

- Uri - ela falou séria.

- Se lembra da tal mulher na pintura que me falou - ela acenou concordando com a cabeça, mas ao olhar novamente pela janela, ela percebeu todos os sinais que estavam lá fora.

- Mas como? - perguntou confusa.

- Pensei que você fosse a resposta Clara, mas aparentemente houve algo mais naquela hora, e agora nós estamos aqui.

- Algo mais que eu deva saber sobre toda essa loucura?

- Acho que você e o Dark são parentes.

- Com base em que? - ela perguntou de forma cínica.

- Estes são seus antepassados, e o Dark em questão é filho deles - Clara gelou.

- Mas não pode ser Uri, se fosse ele, por que mataria meus pais?

- Não sei, Clara, ele é somente um menino agora, e pelo que vi, contrária a tudo que vimos.

- Eu não entendo.

- Não precisa, estamos no passado Clara, isso é algo inédito, então voltar também será, o que nos leva a crer que ninguém ainda inventou tal feitiço, então estamos fadados a crescer aqui - Uri falou sem graça, enquanto em Clara, algo se iluminou.

- Você não percebe Uri?

- O que?

- Essa é a chance que temos para mudar o passado, e salvar meus pais.

- Não estou entendendo Clara.

- Simples, se Dorion Dark não existir, não tem guerra, e nem seguidores malucos.

- E como você pretende fazer isso Clara, se mudarmos alguma coisa aqui, o futuro pode não existir da forma como vivíamos, nós podemos não existir.

- Mesmo assim, é a nossa melhor chance, ou você quer voltar para onde paramos, se esborrachar naquele chão, e deixar o mundo todo para aquele maluco.

- Por esse ponto, devo dizer, minha adorável Clara, você tem razão, mas o que vamos fazer?

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