Dos fundos mais escuros da história 8 🎃

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" - O que é amor de verdade mãe?

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" - O que é amor de verdade mãe?

- E quando mesmo enxergando a verdade, e os defeitos de alguém, você não os repele, mas os aceita".

Estava quase amanhecendo, e o mais impiedoso dos Monteir sequer havia pregado os olhos, diante da realidade de sua filha, única herdeira de todas as suas posses estar "morta", sua cabeça estava um caos, oscilando entre a esperança e o que via.

- Não Tales, não, é mesmo que estivesse escapado, não seria mais digna de meu nome, é melhor mesmo que esteja morta.

Com este pensamento de puro desprezo, Tales ignorou a possibilidade da filha estar viva, e o que dizia seu poder de vidência por uns bons anos.

O sobrenome Monteir entrou em declínio, Agnetha não saía mais de casa, e Tales se tornou cada vez mais fechado, amando mais o próprio escuro, até mesmo quando saía de carruagem, as cortinas sempre estavam fechadas para a luz, e qualquer traço do mundo lá fora, o que o impossibilitou de ver muita coisa, até mesmo Klaus muitos anos depois.

De volta a casa de Geremia Saint, o belo Storm se colocou de pé, bem quando o médico se dirigia para ver Klaus.

- Bom dia senhor - falou Geremia.

- Bom dia - Pietro o acompanhou, e ficou ao lado de Klaus enquanto ele era examinado.

- Parece que ele vai ficar bem, o coração se estabilizou, não tem mais traços do feitiço - ele pegou uma poção de cor âmbar, e colocou uma gota sobre o coração.

- E agora? - ele perguntou curioso, o homem sorriu.

- Assim que ele acordar, posso dar prosseguimento.

- Agradecido doutor.

- Pode descansar agora senhor Storm, senão logo e o senhor que estará aqui - Pietro sorriu seco.

- E claro.

Mas Pietro não foi descansar, ele continuou sua busca por Laura.

" Onde você está?"

Mas não seria agora que a encontraria.

" Será que a alcatéia mudou?".

Mais tarde, quando voltou para ver Klaus, algo nos olhos de Pietro mudou ao ver a cena.

Ao lado do garoto desacordado, várias poções se encontravam, e Geremia as misturava.

- Uau - ele falou sem pensar.

- Legal mesmo - ele parou o que estava fazendo - estou fazendo uma poção para ajudar a magia dele se movimentar mais, não é certeza, mas acho que pode ajudar a melhorar.

- Me parece um pouco complicado.

- Nem tanto meu caro, e somente uma questão de prática, você mesmo poderia aprender.

- Eu acho que não.

- Como não ? Você não sabe como é bom a sensação de salvar vidas.

- Mas é que eu estou saindo da cidade - falou se lembrando do único lugar que podia ir no momento, onde não tinha pais, nem o sobrenome Storm o incapacitando de ser quem era - estou indo para Era dos Presságios.

Geremia sorriu.

- Isso é outro problema que também podemos resolver, também estou indo para lá - Pietro arregalou os olhos - minha família está passando uma temporada por lá, mas é claro, se você quiser, pode ir também.

- Isso seria maravilhoso - falou o belo Storm " seria ótimo começar algo que não tivesse nada a ver com os pais"

Sem contar que, estava realmente amando a parte de fazer mais pelos outros do que para si.

Tudo estava excepcionalmente quieto na mansão Storm, Felipe estava mais trancafiado em seu próprio mundo, depois de ouvir o que houve na discussão do pai e do irmão, mas mais ainda pelo péssimo humor do pai, e a falta de Pietro.

Era noite, e nenhuma única palavra havia sido dita desde a fatídica hora que envolvesse tal assunto.

Ainda não haviam terminado de servir o jantar, e Magnus se trancou no quarto, esmurrando e jogando tudo que via no chão, em uma raiva que não aguentava mais ser contida.

- Droga, você me prometeu riquezas seu espectro idiota, e agora tudo que tenho são um filho traidor, e despesas além da conta - ele se sentou na cama desolado - o que eu faço?

Nesse exato momento, um plano se passou pela mente de Magnus Storm.

- E claro! Felipe, já está na hora de você pagar por todos esses anos que eu cuidei de você.

Durante os próximos anos, Magnus dedicou todo seu tempo, ensinando magia a Felipe, e despejando toda sua ira sobre Pietro nele, de uma forma que um garotinho inocente jamais seria o mesmo.

Mas a vida era assim, enquanto alguns descobrem o fundo do poço, outros já enxergam a luz.

- Acho que o espectro pode sim ter razão sobre nós - Ravena falou tímida logo após o beijo.

- O compreendo também, nunca gostei tanto de um beijo, me faz querer outro, e mais outro - Altair parou - mas antes.

- O que ? - Ravena perguntou sem entender o que ele ia fazer.

- Acho que chega de espectros pelos resto das nossas vidas - Altair pegou a pequena pedra negra, e foi até a porta, onde a jogou o mais longe que conseguiu - eles definitivamente são muito irritantes.

- Concordo.

O tempo passou, e o casal ficou cada vez mais unido, vivia da terra, com uns poucos suprimentos que havia em um celeiro encantado, e o melhor de tudo, sem ninguém para perturbar.

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