Head

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O dia no sábado pareceu voar, o fim se aproximava em questão de minutos, e o nervosismo de Louis aumentava junto dos papéis e cópias deles por quais ele é responsável.

Bom, hoje é sábado, e ele deveria estar em casa tomando vinho em sua banheira... mas, Harry pediu ajuda com uns papéis e ele está aqui, trabalhando.

Ele se encontrou com Zayn um par de dias atrás e ainda não teve coragem de pedir para que Harry vá com ele na exposição, e o motivo é vergonha, Louis imagina Harry rindo dele, apesar de saber que o maior não faria isso.

Seu ciúme bobo é só bobo mesmo, já que ele sabia que nem sentir ciúme podia. Harry é educado o suficiente para dar espaço à Louis, o que está acontecendo nesse exato momento.

Porém, Louis admite que seu ego inflou um pouco ao saber dos sentimentos de Harry.

Apesar de todo o drama, na verdade ele até gostava de estar ali, a cabeça dele se afastava dos pensamentos repetitivos do que deveria fazer. Ou do que não deveria.

Os sonhos quentes deram lugar aos sonhos estranhos de antes. Ele andava nos corredores da escola com Stan e alguém batia um armário e ele acordava... são perturbadores.

Mas no momento, ele estava distraído, acendendo um incenso no cubículo e respirando fundo as energias que emanam dali. Tomando coragem pra finalmente... o telefone toca, é o ramal 1.

O dedo indicador de Louis se estica para atender o telefone, ele está com um fone de ouvido e ouve a voz de Harry soar em sua cabeça.

— Você acendeu um incenso... quer me dizer algo?

— É algo que eu sempre faço? – ele pergunta horrorizado.

— Sim.

Merda.

Louis desliga o telefone sem se despedir e imediatamente segue para a sala de Harry, abrindo a porta ele vê o homem com o aparelho sem fio ainda pendurado na orelha.

— Eu quase fiquei chocado. Mas... Olá! O que quer me dizer?

— Zayn me convidou pra exposição dele amanhã e me disse pra convidar você também.

— Você contou pra ele sobre...

— Sim, eu não pretendia continuar com ele após... tudo que aconteceu.

— Tudo bem. Não estou reclamando.

— Bem... você vai comigo?

— Claro... claro.

Eles sempre acabavam assim, depois de uma conversa estranhamente educada, caíam num silêncio fatal. É quando Louis beija Harry ou senta no colo dele, ou os dois.

— Você me chamou só por quê ele pediu?

— A verdade é que, eu não queria vocês se bicando.

— Está tudo bem... ele ainda é seu namorado, eu presumo...

— Eu já terminei com ele... mas eu achei que você não iria na exposição.

— Terminou?

— Sim.

— Eu vou com você nessa exposição.

— Okay.

— Venha até aqui, Lou.

— Okay.

Louis andou até a porta a trancando e Harry sorriu, em seguida ele andou até Harry. As mãos cheias de jóias coloridas agarraram a cintura de Louis calmamente, o direcionando com delicadeza para se apoiar na mesa do CEO, Harry ainda sentado na cadeira deixou Louis entre ele e a mesa, sua virilha na altura do rosto do homem sentado.

Four Years No Calls [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora