Embrace the Good

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~desculpa as mudanças de pov, a partir desse vou fazer sem pov~

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Harry se sentia desconsertado com o sonho que teve, o sentimento de vergonha que há muito não sentia preenchia seu peito agora, ele não sabia como encarar o homem de olhos azuis sem corar, então ele usaria seu melhor artifício de proteção, sua grosseria.

Ele se levantou da grande cama, no seu celular marcava 5:30 da manhã, ele não conseguia dormir mais que isso na maioria das noites. Julie, sua criada mais fiel e antiga, que esteve com seus pais sendo sua babá e agora estava com ele sendo sua governanta; ele não gostava de pensar nela como uma empregada mas gostava da ideia de poder remunerá-la por todas as coisas que fez por ele.

Ele saiu do banho e sua cama já havia sido arrumada e um terno havia sido escolhido, ela conhecia Harry tanto quanto sua própria mãe. Harry fez uma nota mental de ligar para a mulher, talvez visitá-la.

Enquanto ele abotoava a camisa preta observando sua tatuagem de borboleta desaparecer lembrou-se do ser beijando-a no seu sonho, uma fisgada em seu ventre o fez fechar os olhos e pressionar seus lábios franzidos um no outro. Suas mãos foram para os seus fios curtos e ondulados os penteando para trás com os dedos, suspirou fundo.

Quando ia se virar para sair se assustou com a figura encostada no batente da porta.
— Por Deus Julie! Quer me dar um ataque cardíaco?
— Algo está acontecendo, filho? — Já disse que ela o conhecia? Bom, ela sempre sabia quando havia algo errado, e ao contrário de Niall, Harry não poderia, nem se quisesse, esconder algo dela.
— Você sabe que sim, eu só não tenho certeza do quê exatamente. — Ele respondeu cético.
— Vou respeitar se não quiser falar sobre isso, mas você sabe que pode, a qualquer momento, não é Harry? — Ela disse cuidadosa e com um carinho maternal.
— Sim eu sei, Jules, eu te amo sim? — Ele se aproximou e abraçou a senhora, que era uma das poucas pessoas que conheciam esse Harry de voz macia e sorriso fácil, não tinha motivo ele se esconder atrás de sua máscara com ela, ela já o tinha visto em seu pior e em seu melhor.

Harry se dirigiu então para a empresa, após tomar o café da manhã e deixar um beijo da testa de sua governanta.

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Louis chegava em sua mesa vinte minutos antes do seu horário e decidiu adiantar algum trabalho, um lembrete que deveria ir até o RH num post-it colado no canto da tela do computador fez suas mãos suarem e seu coração acelerar, ele só deveria ir até lá mais tarde na semana, e isso estava lhe causando crises de ansiedade.

Haviam alguns funcionários, mas o movimento de verdade começou mais tarde naquele dia, Niall chegou e sorriu orgulhoso para Louis por estar lá antes dele.

Logo depois Harry passa como um furacão por sua mesa. Louis até tentou sorrir, mas o mais alto nem sequer olhou para ele.
— Hey, você se acostuma com ele sendo rabugento, não é tão ruim quanto parece.
— Espero que ele não me odeie.
E com essa frase o telefone da mesa de Louis toca e é Harry, Niall acena para ele deixando-o trabalhar e se afasta de sua pequena recepção.
— Sim senhor Styles? — Louis diz profissional.
— Venha até aqui.
E sem dar tempo de Louis falar algo, o telefone é desligado na sua cara. Ele bufa, Louis tenta não bufar e sentir raiva do homem mas é quase impossível. Quando não estava olhando para o seu rosto bem estruturado era mais difícil ainda de não se imaginar o socando.

Louis respirou fundo antes de abrir a porta, não sem bater duas vezes. Após o silêncio rebelde que recebe em troca, ele abre colocando apenas a cabeça para dentro, Styles acena para entrar e ele fecha a porta.

Four Years No Calls [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora