Four Years No Calls [EM REVISÃO]

You Are Safe With Me Now - II

Um mês depois

A viagem até Doncaster foi longa o suficiente para Louis dormir o tempo inteiro por pura exaustão emocional. O sono o atacava nos momentos mais estressantes, como se fosse um logoff para não ter que lidar com tanta coisa.

O empresário tentava passar devagar pelos buracos na estrada, e agora estava amaldiçoando seus governantes por não usar seus tributos devidamente para tapá-los e evitar que Louis acordasse.

E Styles nunca diria à ele que teve que parar o carro duas vezes pois Louis estava muito fofo dormindo e ele teve que tirar várias fotos de seu bico vermelhinho.

Como se houvesse um despertador, assim que passaram pela entrada da cidade, Louis acordou. As ruas familiares para ambos, traziam dezenas de memórias boas e ruins.

— Bom dia, Lou... você gostaria de dormir num hotel e amanhã de manhã fazer isso?

— Eu não acho que conseguirei dormir, mas é uma boa ideia... já está tarde de qualquer forma.

— Okay baby.

Harry seguiu guiando o carro até onde o GPS indicava um hotel três estrelas, era o único com estrelas na cidade e ele estava surpreso com a evolução de Donny.

O carro foi estacionado no local correto, coberto e aberto em volta, aliás ainda é uma cidade de interior.

Quando chegaram no balcão havia uma mulher de meia idade de maquiagem forte meio borrada. Assim que ela percebeu a presença de clientes seus olhos se grudaram em Harry, sorrindo.

— Olá, boa noite!

— Boa noite, queremos um quarto por favor.

— Um só? – Ela disse olhando de relance para Louis.

— Uh... sim.

Suas mãos estavam entrelaçadas abaixo do nível do balcão, onde a mulher não via.

— Com duas camas?

— Uhm... não, eu vou querer a suíte mais cara que tiver com uma cama de casal, por favor?

— Oh... vocês são...

— Um casal, sim.

— Oh-kay! Que pena... – A mulher então soltou uma risada estridente que deixou ambos irritados. — Só assine aqui e terá a chave.

Harry assinou, e entregou o papel à mulher, ela sorriu e lhe deu a chave.

Sem dizer mais nada subiram com o elevador até o terceiro e último andar. O quarto não era muito grande nem luxuoso como Harry estava acostumado, mas estava bom.

— Estou me sentindo estranho.

— Foi o que aquela mulher disse? Ela é só uma preconceituosa de merda, Lou.

— Não, não foi isso... bom, talvez... mas estar aqui me traz uma sensação ruim, como se o tempo não tivesse passado. Eu sinto o que eu estava acostumado a sentir... um vazio horrível, que eu não sei o que fazer... eu só queria dormir mas acho que eu não consigo.

— Se te ajudar, eu fico acordado com você, podemos fazer qualquer coisa que queira fazer, assistir televisão, fazer tranças no meu cabelo, jogar twister, ficar em silêncio no escuro. O que quiser.

Um sorriso brotou no canto dos lábios do mais novo, ele abraçou o pescoço de Harry selando seus lábios.

Louis, apesar de tudo, ainda tinha aquela insegurança no fundo de seu coração que Harry algum dia iria rejeitá-lo ou recusar seus carinhos, mas sempre que esse sentimento tomava um pedacinho de seu peito, o mais velho falava algo que fazia todas as suas dúvidas irem embora.