10. Thierry, O canalha.

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-Thierry - o nome dele saiu como um sopro de minha boca, talvez a surpresa de vê-lo depois de tanto tempo e até mesmo a recém notícias de seu casamento, me causou aquela reação.

-Olá Betinha. - ele pronunciou e ao ouvir meu nome sair entre seus lábios, uma avalanche de lembranças venho juntos.

Thierry estava mais bonito do que eu poderia imaginar, seu cabelo estava em um novo estilo e mais escuro a tonalidade, que realçava seus olhos azuis. Porém o sorriso continuava o mesmo que inicio meus problemas.

-Como assim você vai à trabalho e voltar namorado? E por que tinha que ser um segredo? - a voz de Pérola me fez perceber que estava olhando a bastante tempo para Thierry.

-Eu explico melhor depois, aqui não é hora e nem lugar. - falei olhando torto para Thierry.

-E você irá explicar com todos os detalhes. - ela falou por fim ficando ao lado do marido.

-E você, o que faz aqui? - Estêvão que estava calado, perguntou ao encarar Thierry, e não poderia deixar de citar que Estêvão odiava ele pelo que havia me feito passar.

-Eu vim marcar um reunião para minha Noiva. - ele falou e fixou seus olhos em me e eu já sabia do que se tratava. - Eu gostaria que você fosse a cerimonialista do meu casamento, pelos velhos tempos.

Eu quis dar um soco no nariz dele, e vê sangrando até a morte. Mas apenas sorrir e declarei.

-Eu iria adorar fazer o planejamento dessa festa. Mas acontece que estou de férias, e você me entender né? Passei trintas dias fora de casa, quero desfrutar de alguns dias de descanso.

-Eu entendo, mas valeu apenas tentar. Se mudar de ideia e só ligar, deixei meu número com a Pérola. Agora eu tenho que ir, foi bom rever vocês. - ele falou e caminhou em direção ao elevador.

Eu respirei fundo e caminhei até a minha sala, e sentia que Pérola vinha atrás de mim.

-Casar, ele vai casar. - eu falei pegando o primeiro jarro e jogando contra a parede.

-Você está louca - Pérola declarou ao entrar na sala e vê os inúmeros cacos de vidro espalhados pelo chão.

-Ele vai casar, entender o que é isso? -  Eu sentei na minha cadeira e deixei as lágrimas rolarem, estava furiosa. - Eu deveria ter sido informada sobre isso antes, assim eu não teria voltado para o Brasil. Tem noção de como é receber essa notícias na lata?

-Me desculpe, eu deveria ter falado para você sobre isso. Mas eu não sabia como! tinha medo da sua reação. - Pérola declarou se aproximando.

-Foram três anos, três malditos anos esperando um pedido formal até mesmo de namoro. E quase oito meses depois do fim, de sei lá o que existia entre nós, descubro que ele vai casar.

-Você não tem culpa, a culpa é dele de ser um idiota e não ter percebido a pessoa maravilhosa que você é.

-Eu não entendo, estou com tanta raiva dele. - falei limpando as poucas lágrimas que insistiam em cair. - E ainda tem a ousadia de vim aqui querer que eu planeje o casamento. Nem morta eu irei fazer isso.

-Você está no seu direito de não querer fazer isso, e ele é um canalha mesmo por vim aqui e propô isso para você depois de tudo.

-Eu deveria ter acertado seu nariz, como da ultima vez. - falei e enfim sorrir.

Thierry era um canalha, disso eu tinha a plena certeza. Me enrolou por anos, e eu apaixonada pelo seu bom papo e bom na cama, me iludir, até perceber que gostaria de algo a mais que uma noite de sexo, e jantares entre uma e outra viagem. Eu queria casar e construir a família que nunca tive, mais Thierry não queria o mesmo. E por essa razão disse " não " ao meu pedido de casamento.

Encarei Pérola, respirei fundo e limpei as poucas lágrimas.

-Ele não merece meu ódio, na verdade ele não merece nada que venha de mim. Vou limpar minhas e vou segui minha vida, assim com fiz nós últimos meses.

-Essa é a minha Betina - Pérola falou e me abraçou.

E nosso momento foi interrompido por leves batidas na porta.

-Pode entrar. - Pérola falou ao se afastar de me.

-Desculpa interromper mas temos um pequena problema em um evento infantil que está sendo organizado. - Lisa a secretária de Pérola falou ao abrir a porta.

-Evento infantil, e aonde está a Elena? - perguntei.

-Ela entrou em licença maternidade. - Lisa respondeu e então lembrei do barrigão que Elena exibia nos corredores do segundo andar.

Pérola sentou na minha cadeira e eu fiz menção para Lisa sentar à nossa frente.

-Então Lisa quão seria o problema?

Então soube ali que as minhas tão sonhadas férias, iria esperar mais alguns dias.

Um Buquê para a Noiva [CONCLUÍDA] ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora