27. Aliados?

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O auge daquela noite havia sido o pedido de casamento, depois do final do jantar não demorou muito para que começaram a se despedirem; Thais e Uriel foram os primeiros, eu supliquei para que ficassem mais um pouco, porém Thais estava enjoada devido ao sobremesa de mousse de chocolate, e Pérola acompanhou eles já que estava sem carro.

Jade e Simon demoraram a sair, já que Robert e eles começaram uma conversa animadora que somente eles entendiam sobre o trabalho, e assim pude conversa mais com Jade. E acabei descobrindo que ela era escritora e estava escrevendo seu primeiro livro de romance, já que seu primeiro livro foi dedicado as travessuras de Charlie.

-- Amanhã mesmo irei comprar o seu livro.

Eles já estavam de saída, já que Charlie estava com sono.

-- Espero que goste, e leia para Enzo também, creio que ele ira gostar. -- Ela falou após me dar um outro abraço.

Assim que eles saíram decidir também ir embora, não queria ficar à sós com Robert ainda estava chateada por ele não ter me informando sobre aquela parte do plano. Mas parecia uma missão impossível.

-- Mamãe Tina, você poderia ficar e contar uma história?

Estava somente eu e ele na sala, Robert tinha ido acompanhar as visita até a porta.

-- Não poderia ser outra noite?

-- Tudo bem. -- ele falou com uma voz melosa.

Era por essa razão que não era fã de criança, elas tinham esses poder de conseguirem tudo apenas um um jeito de olhar ou com uma voz melosa. Mas até isso Enzo está mudado em me, antes eu não se importaria, porém agora era diferente.

-- Tudo bem, vamos a essa história.

Ele pulou em meus braços e logo em seguida me puxou em direção ao seu quarto, e ao abrir a porta me deparei com toda a decoração que eu havia escolhido.

As paredes do quarto era branca, com alguns detalhes de azul escuro, e o teto estava como eu havia planejado com desenhos de estrelas. A cama era em forma de navio e só seu lado percebi o desenho do nosso primeiro dia juntos.

Ajudei ele a vestir um pijama, e depois o deitei na cama e aos poucos ele foi dormindo com a minha história de pirata, e em alguns momento no meio da história sentir que alguém observava mas não fui capaz de olhar para a porta, estava evitando encara-ló.

Sair do quarto de Enzo assim que ele dormiu, e tentei descer a escada sem fazer barulho, não queria chamar atenção de Robert porém ele já estava na sala a me esperar.

-- Você está ai. -- falei assustada. -- Eu vou indo, Enzo já dormiu.

-- Você pode ficar e dormir aqui. -- ele falou me encarando.

Não acredito que ele estava insinuando aquilo.

-- Eu e você não vai acontecer novamente. -- falei apontando o dedo dele para me.

Ele sorriu debochado e falou.

-- Temos outros quarto Betina. -- ele falou tentando ficar sério.

E só então cair na minha realidade, era óbvio que ele não me queria. Tínhamos um trato e não iriamos estragar tudo agora.

-- Eu tenho que ir, amanhã tenho uma reunião cedo com um casal e preciso preparar o material de apresentação.

Perceber que ele mudou a feição do rosto, após a palavra "casal". Com certeza estava imaginado que seria com Lorena e Thierry, e aquela era minha brecha para saber seus verdadeiros sentimentos e contar os meus, afinal comecei tudo isso por vingança e até agora não tinha dado um passo. E se Robert ainda gostasse dela, eu poderia juntar os dois e assim Thierry teria seu coração partido, seria uma boa vingança.

-- Ainda tem aquele mousse? -- perguntei para ele.

Robert e eu caminhamos até a cozinha, ele parecia já conhecer tudo em menos de um dia enquanto eu me sentia perdida com todos aqueles cômodos a mais.

A cozinha era maior que a do apartamento, e era toda em branco e preto, e no meio tinha um balcão, me aproximei pensando em sentar sob, mas fui repreendida pelos olhos castanhos de Robert.

-- Chato. -- resmuguei.

Robert se aproximou da geladeira e de lá tirou um recipiente branco.

-- Tivemos sorte. -- falou deixando o recipiente em minha frente e indo até o armário, e trouxe com ele duas colheres.

Depois de um tempo em silêncio me deparo olhando para o anel que estava em meu dedo anelar direito, e resolvo falar.

-- Deveria ter avisado sob o pedido, pensei que fossemos uma dupla. -- falei em olhar para ele.

-- Eu também pensei que eramos, mas você nunca é sincera comigo.

Encarei ele tentando entender suas palavras.

--A base de qualquer relação é a confiança, se não tem ela então você não tem nada. -- Seu tom de voz era seria.

-- Isso ainda é sobre para quem eu trabalho? -- falei me revirando ao acontecimento do outro dia.

Ele não falou nada ficou em silêncio e voltou a degustar a deliciosa sobremesa.

-- Então vamos ser sincero Sr. Robert. Você ainda sente algo por Lorena? -- perguntei firme, querendo uma resposta definitiva.

Mas ele não respondeu e nem ousou olhar para me, apenas encarou o que comiamos e desgustou outra colher, mas aquele silêncio era o suficiente.

-- Confiança Robert, confiança! -indo

Enfatizei bem a palavra confiança, antes de deixar a colher de lado e declarar.

-- Eu não sabia como falar ou começar esse assunto, sabia o quanto estava sofrendo por está sendo ameaçado em relação a guarda do seu filho, porém eu também tinha e tenho meus motivos para está submissa aquele contrato. Desculpa está bem, não sabia que você gostava dela assim, mas se você quer saber eu amo ele, amo Thierry e por ele que estou fazendo isso, pois quero me vingar e estragar esse casamento é minha missão de vida.

Me sentia aliviada em falar cada palavra, parecia que um fado havia caído das minhas costa. Sentia os olhos confusos de Robert, mas conseguia entender sua reação.

-- No dia que voltei para o Brasil encontrei Thierry e ele procurava pelos meus trabalho, e eu recusei de inicio, sabia que aquilo me destruiria, mas acabei aceitando por vingança e depois descobrir que Lorena e a noiva, eram a mesma pessoa pessoa e por fim estou enfiada nessa confusão.

Ele não falou nada por alguns segundos e quando resolveu falar ele deixou uma questão no ar.

-- Já parou para pensar que eles podem está fazendo o mesmo que eu e você? --

--Noivados de mentira? -- perguntei.

--Sim, isso acontecer bastante no meio artístico.

-- Então ela está fazendo isso por Enzo, quer dizer ela está casando para ficar com o filho? -- Ele balançou a cabeça confirmando minha teoria.

-- Exatamente, e se esse casamento não acontecer ela...

--Não terá a guarda do filho. -- completei.

Era uma péssima ideia, mas o motivo era nobre.

E dessa vez minha vingança tinha um novo motivo.

Um Buquê para a Noiva [CONCLUÍDA] ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora