Capítulo 19

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"Quando uma filha sorri assim, o pai, não importa qual seja a sua posição no mundo, sente um rei."

Harlan Coben

Já em casa, Priscila insistiu que queria dar o meu presente hoje, por mais que já fosse tarde. Ela trouxe um pacote embrulhado e me deu.

Peguei com cuidado e abri a embalagem. Era um porta-retrato rosa que tinha algumas letras e desenhos com glitter que provavelmente ela que tinha feito. Escrito com glitter tinham as letras: A & P, e em cima estava escrito "Eu te amo".

No porta-retrato tinha uma foto de quando éramos pequenas. Era mesmo uma foto muito bonita e que eu queria guardar pra sempre.

Quarta-feira

-Nem parece que as férias já acabaram. -Disse Hugo.

-Pois é. Passaram tão rápido. -Disse eu.

-Quando eu era pequeno eu não gostava de férias. Eu gostava de ficar na escola. -Disse Benjamin.

-Eu também. -Confessei sorrindo.

-Eu nunca gostei. Uma vez eu disse pra minha mãe que estava doente pra ela deixar eu faltar, mas como ela descobriu o colírio embaixo do meu travesseiro, eu tive que ir. -Disse Clara.

-Você não é nem um pouco esperta né. -Disse Gabriel.- Você podia ter escondido melhor.

-Eu era criança!

-Mesmo assim. -Disse Gabriel.

-As aulas mal começaram e eu já estou contando os dias para as próximas férias. -Disse Paulo.

-Falando em férias, você perdeu o acampamento da igreja. -Disse Benjamin.

-Pois é. -Disse Paulo.- Eu acabei indo viajar, fiquei na casa dos meus avós.

-Da próxima vez você vai, foi muito bom. -Disse eu.

-A Aris até orou. -Disse Ben.

-Eu não acredito que perdi isso. -Disse Paulo.

-Nossa, vocês falam como se fosse a coisa mais rara do mundo! -Eu disse.

Eles sorriram e nós subimos para a sala.

O sinal soou e aquilo significou mais uma vez que estávamos de volta a escola. Saí da sala com o pessoal e na metade do corredor Benjamin disse:

-Esqueci meu fone.

-Quer que eu volte com você? -Perguntei.

-Pode deixar. Eu vou.

-O professor está fechando a sala acho melhor você ir rápido. Deixa sua mochila aqui.

Benjamin deixou a mochila e saiu correndo.

No tempo que eu tive, coloquei um bombom na mochila dele com um papel escrito: "Não tem como você negar."

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